quinta-feira, 17 de julho de 2008

Dia de N.Sra. do Carmo, Manicure e Imigrantes





Nesta foto estamos eu e meu amigo artista Wanderley, na festa de despedida em Fortaleza. Lembro-me demais dele por causa da fartura iconográfica belíssima que se tem nestas bandas daqui do mundo. Tantas coisas belas escritas em ícones das cenas evangélicas e do profeta Elias! Só para se ter idéia, todos os ícones da igreja melquita que freqüento, e olha que são muitos, foram escritos pelo próprio abuna Samir, e estamos falando de uma vila de somente onze mil habitantes. Que me perdoem os artistas 'modernos', cujas obras de arte muitas vezes 'enfeiam' as igrejas latinas com imagens e símbolos que não tem nada a ver, que não enlevam a alma de ninguém, não levem ninguém à oração e ao recolhimento e que são de um tremendo mal gosto. Talvez seja eu a ignorante... Assim que eu tiver minha câmera digital vou registrar bem direitinho a beleza e o bom gosto dos ícones de Isifya. Bendito seja Deus!

Mudando de assunto: em meio a tantos presentes e mimos que a gente vai recebendo a cada dia, como diz Sta.Teresa de Ávila, alguns bantante espirituais como poder celebrar o dia de Nossa Senhora do Carmo na Igreja do Monte Carmelo cujo altar fica sobre a gruta do Profeta Elias, a gente vai se deparando, simultaneamente, com as realidades mais prosaicas da vida e as necessidades mais humanas da natureza. Que falta está me fazendo a Cristina, minha manicure em Fortaleza que dava conta das minhas doloridas unhas encravadas como ninguém! Agora sou eu que terei que me virar, sem me ferir com o alicate e só no sábado, quando o tempo fica mais flexível, para tornar meu pés mais apresentáveis outra vez. Um mês, completará amanhã, que fiz as unhas, nas vésperas de viajar. Cristina, vem para cá! Olha que deve ser uma profissão que se pegar as ricaças judias deve dar para juntar um bom dinheirinho.

Há uma imigração legal feita para Israel que é a de filipinos, que vem para cá fazer certos trabalhos 'menores' como serem cuidadores de idosos, e outros trabalhos braçais pesados ou de menor valor social. Além dos russos que dominam um certo mercado paralelo de bugigangas com os próprios árabes, que entram ilegalmente ou são judeus russos, a bola da vez são os filipinos. A maioria é católica. A ponto da Comunidade 'em parceria' com os franciscanos, está pensando em oferecer uma missa em inglês para eles na Basílica em Nazaré em algum horário alternativo. Também estes pedem uma evangelização renovada e uma experiência nova com o Espírito Santo, principalmente porque o sacrifício de virem para cá, mesmo que legalmente, se dá na maioria das vezes para juntar uns bons dólares. Falando em dólar, o dinheiro daqui chama-se shekel e é desvalorizado. Um real vale dois shekel. O salário mínimo daqui, porém, equivale a 3.500 shekel e a hora mínima que se paga para qualquer serviço é de 19 shekel. Todas as pessoas vivem bem e não vi um pobre na rua até hoje. Só em Nazaré vi um cego e uma mulher com uma criança pedindo esmola, mas eram muçulmanos.

Também por estes dias se completou um mês desde a minha última confissão. Mas depois, amanhã, eu continuo esse assunto pois preciso dormir, mais ainda porque amanhã levantarei uma hora mais cedo para trocar de 'shift' com a Duca pois estamos fazendo vigília, a casa toda, nas grandes intenções da Comunidade neste tempo que precede a Assembléia Geral. Shalom a todos que eventualmente continuarem acessando e lendo o blog, mesmo sem deixar um comentário sequer (:. Beijo grande!

Um comentário:

Sheila Moura disse...

Amiga sempre entro no seu Blog para saber das novidades e sinto muito orgulho de você. Estou muito feliz com a notícia que conseguiu encontrar minha filha aí em Israel e falar com ela quem sabe um encontro ( olha que emocionante!)
bjs da sua amiga de sempre
Sheila