Celebramos em nossa paróquia a Festa da Exaltação da Santa Cruz no próprio domingo e um simples detalhe da Liturgia me fez uma reviravolta interior, me chamou à conversão: a antífona de entrada da missa é a mesma da missa de Páscoa, da Ressurreição! Foi uma celebração da vitória do amor, da vida, da vitória de Deus sobre todo pecado e morte em Jesus, Nosso Senhor. A cruz de Jesus é a nossa salvação porque lá se esconde e se revela tudo o que diz respeito a mim e a cada pessoa humano! Nada escapa, nada ficou de fora, da 'sombra do Altíssimo como está no salmo 90', a sombra e o abraço da Cruz do Senhor.
Creio que estas pequenas iluminações que o Espírito nos vai dando, enquanto caminhamos nos vales da vida, representam outro versículo do salmo que fala que a Palavra é como lâmpada para os pés, que ilumina cada passo e impele a um novo passo, a seguir confiantemente. E a Cruz de Jesus, que ainda causa desconforto em tantos, é para os que creem e amam a certeza definitiva de que o axioma da vida foi invertido: depois da dor e durante a dor, haverá sempre o Amor de Jesus, sua presença a nos acompanhar e a nos apontar para o canto da ressurreição, a maior de todas as certezas. Quanto mais encarnamos estas verdades mais fecundas e concretas elas se tornam.
Por isso esta foto acima, de uma romã, símbolo da festa da Santa Cruz que junto com as flores, foi distribuída entre o povo no fim da missa. Esta fruta tem casca extremamente amarga e indigesta mas quando rompida, exala um perfume inconfundível e forte que impregna. Assim a dor vivida em Deus, na força de Sua Palavra e na vida sacramental, na oração e na condução do Espírito.
Que a Mãe, a querida Mãe e Senhora, que nos foi dada por Jesus como um dos mais extraordinários e especiais presentes, seja sempre nosso grande refúgio nos ensinando a ser Dele e para Ele em todas as situações de dor e de amor.
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