terça-feira, 27 de março de 2012

Enfim, notícias

Enfim, noticias. Meu Deus, quantas crises vivemos neste tempo de quaresma! Quantas bênçãos e desafios trançados no fio de cada dia para que saiamos de nossas mortes e nos inebriemos de vida. Acho que Jesus não quer outra coisa do que nos inebriar de vida plena...

Andei doente com erisipela no braço direito com direito a ficar de cama com febre alta até o antibiótico muito forte fazer efeito e eu estar novamente bem. Mas continuo protegendo o braço, impedida de fazer minha parte da faxina na casa contando com o amor da Rejane para varrer e passar pano de chão com desinfetante ao menos no meu quarto... Paciência! Agradeça! Repetia sempre o santo e querido Pe.Geraldo, jesuíta de Itaici em Indaiatuba, no alto de seus mais de 90 anos muito bem vividos na presença de Deus. Paciência, a primeira característica de quem ama seguida da bondade... o amor é paciente, é bondoso... Depois a gratidão. O exercício de vencer a murmuração e a negatividade com o olhar limpo de quem acredita mais em Deus e em seu amor e Palavra do que nas circunstâncias. Acreditar em Deus e em quem acredita Nele.

Duas festas importantes para mim nesta última semana, vividas em Nazaré, in loco: a festa de S.José dia 19 e a festa da Anunciação, dia 25 quando Nossa Senhora concebeu o Verbo de Deus e Jesus aconteceu no coração e no ventre de Maria Santíssima. Depois desse evento nunca mais a Humanidade ou Deus seriam os mesmos. É a força constrangedora do Amor. E eu pude renovar minha oferta de vida e desejo de ser tudo o que Deus quer e pensa de mim pois, por uma grande 'teocidência', minha primeira consagração como Comunidade de Aliança Shalom e Aliança Missionária, se deu no dia 25 de março de 2008.

Foi uma noite memorável, me lembro bem. Durante a celebração eucarística na Catedral de Fortaleza minha memória foi visitada com a percepção límpida de todos os caminhos que me levaram a estar ali, livremente ofertando minha vida como resposta ao chamado e à atração por Deus. Ele que nunca desiste de nos manifestar sua face e amor para que a liberdade e paz se instalem na vida e na alma... Tive consciência do respeito e da delicadeza com que o Senhor foi me atraindo e vencendo minhas resistências, medos e desconfianças para que eu livremente o abraçasse. Chorei muito ao me levantar e subir ao altar para receber o tau das mãos da Maria Emmir, co-fundadora, e mal conseguia falar. Ela brincou comigo e disse: pra que tanto choro? e me abraçou. No abraço a acolhida de quem conhece a história de conquista e de muitas lutas em minha vida. 'Enfim Josué entra na terra prometida, agora só falta Caleb', disse eu, referindo-me a uma palavra dada por ela a meu respeito e à Janice quando conhecemos a Comunidade Shalom em fevereiro de 1989. Tínhamos nos hospedado em sua casa e na véspera de nossa volta para o Rio de Janeiro foi com um texto profético de promessas messiânicas que ela nos presenteou um cartãozinho cortado em dois. A palavra jamais saiu do meu coração. O cartãozinho se extraviou nas muitas mudanças da vida mas naquela noite de 2008, quase 20 anos depois, tudo se cumpria pelo menos para mim. Era a metade do cartão. A outra metade acontecerá no tempo e no jeito que Deus quiser.

Vale a pena notar que tendo a alma inundade de luz e entendimento sobre a obra de Deus que me conduzira até aquela noite de consagração, senti-me inundada de grande amor, amor pessoal muito concreto. O desafio ficou por conta de estar só, completamente só. Na noite da minha primeira consagração não havia nem um parente, ninguém da família, nem amigos antigos ou próximos. Quando a missa acabou lembro-me de ver todas as pessoas correndo ao encontro dos amigos e eu, fazendo uma panorâmica constatei que não tinha ninguém que me esperasse e que era eu que deveria me mover na direção das pessoas, dos irmãos e irmãs, minha nova família espiritual, para abraça-los. O Senhor, por misericórdia, me protegeu o coração de ficar triste. Não foi fácil mas foi um treino para aprender a amar com mais desapego e liberdade. Felizmente dessa vez, em Nazaré, estava com dois irmãos de comunidade, o Junior e a Lorena, mais o Steven e o Eran. 

Mas voltando às lembranças, depois de minha primeira consagração, menos de três meses depois, parti em missão para Israel e nunca mais voltei. São somente quatro anos mas tantas coisas aconteceram dentro de mim e perto de mim, desde então, que eu não sei se a metáfora está mais para metamorfose e borboleta ou para morte e ressurreição. Talvez caibam ambas pois amo as borboletas e não há o que mais deseje do que a liberdade interior de quem vive como ressuscitada porque vive no amor de Deus como realidade e não como discurso. É a Encarnação do Verbo que marca a data e o mistério da minha consagração de vida.

Tenho lutado muito, muito. Não dá para voltar atrás e nem quero. O exercício da liberdade passa pelo aprendizado de seguir Jesus de perto deixando que Ele vá à frente e revele a vida, a minha vida do jeito e no tempo que Ele quer. Quanto mais perto de Jesus fico mais Ele me devolve a mim mesma e me diz quem sou e quais são os segredos de felicidade reservados para mim como sua amiga, alma esposa, missionária, mulher, enfim, qual minha contribuição para a construção do Reino levando a paz aos corações... acho que comecei a viver de verdade há 4 anos e como o profeta Jeremias posso também dizer, sou apenas uma criança, Senhor. Tenho tanta esperança para o futuro, tenho tanto desejo de amar mais e melhor... Bendita obra do Senhor! Bendita paciência para vê-la revelar-se! Bendita gratidão pelo que já foi visto e tocado com as mãos e sentido no coração.

Abaixo mais um texto do Reginaldo Azevedo para que mais pessoas saibam, divulguem a verdade, abracem e lutem pela cultura da vida sem desanimar. Que o Senhor o abençoe.


16/03/2012



Eleonora Menicucci volta a atacar: agora ela mira nos médicos que não praticam aborto por objeção de consciência!


Atenção, “companheiro” médico que se nega a praticar aborto, ainda que legal, por objeção de consciência! Você precisa fazer um estágio de Educação Moral e Civismo com a ministra Eleonora Menicucci (Mulheres). Ela tem muito a lhe ensinar. E é melhor fazê-lo antes que as bruxas comecem a caçar as fadas, não é? Tudo saindo como quer esta notável humanista, médicos que alegarem “objeção de consciência” —- um direito que lhes é assegurado — para não praticar o aborto terão de ser substituídos.


Leiam trecho de reportagem de Lígia Formenti, no Estadão. Volto em seguida:


A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres, criticou a falta de médicos nos serviços que fazem aborto legal no País. Ela observou que muitos centros funcionam apenas na teoria porque profissionais se recusam a fazer o procedimento, alegando objeção de consciência. “É preciso que esses serviços coloquem outra pessoa no lugar”, disse Eleonora nesta quinta-feira, durante reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS). A lei permite que gestações que coloquem a mulher em risco ou resultem de violência sexual possam ser interrompidas. Atualmente, existem no País 63 centros cadastrados para realização desse tipo de atendimento. Além de considerar o número insuficiente, grupos feministas relatam que, com frequência, mulheres não conseguem ser atendidas nos serviços, sobretudo em instituições administradas por grupos religiosos.


(…)


Eleonora também citou resultados de pesquisas realizadas demonstrando a falta de qualidade nos serviços de atendimento às vítimas.Além da melhoria da qualidade, a ministra defendeu a ampliação do acesso aos serviços. Algo que, em sua avaliação, pode ser alcançado com descentralização do atendimento.


(…) Atualmente, são 557 centros para atendimento das mulheres e 63 capacitados para fazer o aborto. De acordo com ministério, outros 30 estão sendo capacitados para também fazer a interrupção da gestação nos casos permitidos pela lei. “Esse número de 63 centros é insuficiente. Basta ver as estatísticas de estupro. No Rio, por exemplo, esse número chega a 20 casos por dia”, acrescentou a secretária de enfrentamento à violência contra a mulher, Aparecida Gonçalves.


(…)


Voltei


Caros “companheiros” médicos com objeção de consciência, mirem-se no exemplo da ministra, que, naquela notável entrevista concedida em 2004, trazida à luz por este blog, definiu-se, cheia de orgulho, como “avó do aborto” — revelando ter feito dois. Sua dedicação pessoal à causa não parou aí, fornecendo ela mesmo dois fetos. Contou que foi aprender a fazer aborto em clínicas clandestinas da Colômbia. A ideia era capacitar as mulheres para o “faça você mesma o seu aborto”. Menicucci experimentou quase todas as variações da palavra: foi abortante, abortista, aborteira… Só pôde ser assim porque não foi vítima do agente da voz passiva: não foi abortada! Relembro trecho.


Eleonora - Dois anos Aí, em São Paulo, eu integrei um grupo do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. ( ). E, nesse período, estive também pelo Coletivo fazendo um treinamento de aborto na Colômbia.


Joana - Certo.


Eleonora - O Coletivo nós críamos em 95.


Joana - Como é que era esse curso de aborto?


Eleonora - Era nas Clínicas de Aborto. A gente aprendia a fazer aborto.


Joana - Aprendia a fazer aborto?


Eleonora - Com aspiração AMIU.


Joana - Com aquele…


Eleonora - Com a sucção.


Joana - Com a sucção. Imagino.


Eleonora - Que eu chamo de AMIU. Porque a nossa perspectiva no Coletivo, a nossa base…


Joana - é que as pessoas se auto auto-fizessem!


Eleonora - Autocapacitassem! E que pessoas não médicas podiam…


Joana - Claro!


Eleonora - Lidar com o aborto.


Como se percebe, essa é mesmo uma mulher desassombrada. Só uma nota à margem antes que siga com Eleonora. É preciso ver direito aquele número de 20 estupros por dia “no Rio”. Além de não ficar claro se é uma referência à cidade ou ao estado, é bom lembrar que várias modalidades de crimes sexuais passaram a ser caracterizadas como estupro para efeitos legais. Adiante.


Não tem jeito! Dona Menicucci não enxerga nada além de sua militância — daí a confissão horrorosa que fez acima. Imaginem um bando — a palavra é essa! — de leigas em medicina e no funcionamento do corpo humano “aprendendo” a fazer aborto. A cada vez que leio isso, junto com a indignação, vem-me um profundo nojo. Não vou escrever que essa ministra deveria ser proibida para menores porque pareceria ironia…


O governo quer mudar também, informa o Estadão, a coleta de provas de estupro “e outros tipos de violência sexual”, bastando as evidências colhidas pelo médico que primeiro atende a vítima, sem exame no Instituto Médico Legal. Parece bom? Parece bom! Mas abre as portas para falsas denúncias do crime — uma vez que um não-especialista em medicina legal nem sempre tem critérios para avaliar. Mas isso fica para outra hora. Quero destacar aqui uma fala da ministra ao defender medidas que reduzam a violência contra as mulheres:


“O estupro virou presente de aniversário, embalado com fita de celofane.Não podemos conviver com isso?”


Heeeinnn???


“Estupro como presente de aniversário?” Quais são os delírios que povoam a mente desta senhora? Ela se referia, vocês devem se lembrar, a uma barbaridade acontecida na cidade de Queimados, na Paraíba. Amigos simularam um assalto a uma festa para possibilitar que o aniversariante estuprasse algumas convidadas. Era o seu “presente de aniversário”. Duas vítimas reconheceram os agressores e foram assassinadas.


Nas palavras de dona Eleonora, tal prática parece corriqueira no Brasil. Este parece ser um país de estupradores. Inferir, a partir desse caso, que “estupro virou presente de aniversário” corresponde a afirmar que esfaquear a mãe virou uma forma de argumentação de jovens no Brasil…


Lamento! Fica evidente, mais uma vez, que dona Eleonora Menicucci não tem aporte intelectual, cultivo ético-moral e serenidade para ocupar o cargo que ocupa.


PS - Sim, sei que alguns supostos moderados dirão: “Como esse Reinaldo é agressivo!” Que coisa! Uma ministra de estado decide arbitrar sobre objeções de consciência de profissionais da saúde, e o agressivo sou eu!? Como costumo dizer, “as palavras fazem sentido”. Se ninguém se escandaliza com as barbaridades que esta senhora fala, traduzindo o seu pensamento torto, eu ainda me reservo esse direito.


Por Reinaldo Azevedo

Um comentário:

Anônimo disse...

Elena, que bom que vc deu notícias!!Que bom que vc está bem!!

Shalom!!!

bjss
Raiane
Petrolina-PE