domingo, 29 de junho de 2008

Passeio em Tiberíades

Ontem fomos à Tiberíades e vi de longe o lago, também chamado de Mar da Galiléia, e que fica a 300 metros abaixo do nível do mar. As águas são calmas e morninhas e foi lá que há três semanas a Comunidade de Israel - minha casa atual - passou as férias, hospedados nas dependências da igreja melquita da cidade. Fomos, na verdade, à reinauguração da igreja que pela primeira vez em 15 anos voltou a ter uma missa celebrada às 18h, em rito melquita pelo próprio bispo Elias Chacour que havia chegado pela manhã dos EUA. O padre que cuida da igreja é do rito maronita e estava lá, concelebrando, feliz da vida com esposa e filhos e mais uma multidão de fiéis, vindos de Haifa, Aisefia e da própria Tiberíades que já foi uma cidade totalmente árabe mas que depois da criação de Israel e expulsão dos árabes, é uma cidade judaica. De longe a gente vê as montanhas de Goulan (acho que se escreve e fala assim) que são fronteira com a Jordânia para onde os árabes cristãos fugiram. A missa e reabertura da igreja no rito melquita, mais umas dependências paralelas que servem como casa de retiro e apoio de peregrinos foi de extrema importância para a comunidade árabe cristã melquita local. Tinha centenas de pessoas e nós, como muitos, tentamos acompanhar a missa do lado de fora. Eu fico perguntando em que parte está e rezo em português baixinho, o Pai-Nosso, o Credo e as orações que sei de cor. Depois em casa tento ler os textos bíblicos do dia. Ainda estou meio atrapalhada, mas me abandono à misericórdia do Senhor. A comunhão aqui é feita com pãozinho mesmo, picadinho, sempre nas duas espécies. E uma das coisas mais surpreendentes e interessantes são as esposas e os filhos dos padres! As fotos tiradas durante a curta viagem de uma hora, da estrada, das placas apontando Nazareth, das ovelhas e das plantações de azeitonas e da festa mesmo mostrarei depois. É que o Camilo levou a câmera dele e depois vai baixar as fotos aqui no laptop. Falando no laptop, quero deixar registrada aqui minha gratidão a minha grande amiga Jan(ice) que foi quem me deu 2/3 do valor do laptop de presente! um dos presentes mais úteis que eu podia ter ganho, já que gosto tanto de escrever e posso, assim, me comunicar com todos. Valeu amiga! Você sabe que pode que contar sempre com as minhas orações. Quanto ao fim da festa em Tiberíades, quando restaram apenas os amigos mais próximos, por volta de umas 60 pessoas, o casal que toma conta da igreja e que vive numa casinha anexa com um casal de filhos jovens, serviu um jantar: mil saladinhas árabes com hortelâ, hummus (acho que é esse o nome), etc, com churrasquinho de carne tenra de frango e uma espécie de bolinho de carne delicioso. Eu, Camilo e Lorena nos fartamos mas não exageramos, precisávamos voltar para Haifa pegar todos os outros irmãos que estavam na interminável pintura e limpeza do Centro de Evangelização Shalom a ser inaugurado. Chegando em casa eles lancharam e todos desmaiaram em suas camas. Hoje resolvi escrever logo pela manhã pois depois de rezar e de almoço vou com a Viviane a um supermercado - hoje é dia de semana normal aqui - e ver se consigo um chip para o celular, um cartão telefônico internacional e adoçante. Passar os dias no mel e no açúcar não está dando certo. Ontem pela manhã fui à feira aberta na vila vizinha chamada Dalia e comprei azeite super fresco. Tivemos que barganhar, jeito bem árabe e italiano de fazer as compras e acabei comprando 1 litro de azeite por mais ou menos 10 reais. Muito bom preço. Agora foi parar, preciso fazer outras coisas. Saudade de todos, mas em paz, com a graça de Deus.
Mil beijos e sempre a minha oração. Shalom!

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