quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Quinto Evangelho

Tenho acompanhado pelo Zenit e pelo site do Vaticano os pronunciamentos dos padres sinodais. O site da Pastoral Hebraica tem sido alimentado diariamente pelo Pe.David Neuraus, sj, que dá uma visão global sobre os trabalhos tendo em vista principalmente a Igreja Católica de Israel na perspectiva dos católicos de língua hebraica.

Estão presentes no Sínodo 185 padre sinodais, 36 'experts' e 34 auditores, reunidos no interior do Vaticano. Fiquei impressionada com o que li sobre a meditação feita pelo Santo Padre na abertura dos trabalhos comentando com autoridade e sabedoria o texto do Apocalipse que fala sobre o Dragão querendo matar a Mulher e o Filho... Sabemos que a Mulher além da primeira alusão à Virgem Maria fala da Igreja.

A grande luta dos nossos dias é enfrentar as idolatrias modernas, disse ele, que devastam o mundo e querem destruir o homem, muito claramente as novas gerações, e que não tem origem meramente humana, geradas por problemas de ordem econômica e social, mas que são obras de origem Maligna. E Bento XVI citou não mais Baales e falsos deuses, mesmo eles existindo e confundindo as pessoas, basta pensar na confusão que o espiritismo e os modismos que defendem a reencarnação causam no Brasil, mas citou especialmente o terrorismo, as drogas, a imoralidade sexual. Cada uma dessas idolatrias tentando tomar o lugar de Deus e levando o mundo moderno à destruição. Só é possível enfrentar idolatrias com armas espirituais, começanco por uma vida de fé firme e simples.

Este é o grande desafio da nova evangelização: levar as pessoas de volta à experiência da fé em Jesus Cristo ressuscitado na Sua Igreja, introduzindo-as no Caminho da Paz, que dura a vida inteira, o caminho de formação e maturidade que vai do kerigma à martyria, para usar duas palavras gregas tão caras ao caminho de formação da Comunidade Shalom.

Continuemos a acompanhar pela internet os trabalhos sinodais e com nossas orações estas duas semanas. Não há outro pedido a fazer a não ser que haja de fato um novo Pentecostes para a Igreja do Oriente onde o Cristianismo nasceu. Que as comunidades cristãs de cada diocese representada no Sínodo seja renovada por um novo Pentecostes! A fé da Igreja do mundo inteiro depende da fé da Igreja do Oriente e de Israel! Rezemos pela paz em Jerusalém e pelas negociações de diálogo e paz entre Palestinos e Judeus que conta com a voz e presença de reconciliação dos Cristãos! Rezemos por muitos católicos que vivem um verdadeiro martírio de insegurança e medo, dimensão nada romântica e muito concreta de participação na Cruz do Senhor, como corpo místico, por serem quem são e amarem quem amam: Jesus e a Igreja e tudo o que ela tem e representa.

Abaixo as palavras do Patriarca Latino de Jerusalém, His Beatitude Fouad Twal, cujas palavras nos lembram desta realidade tocante sobre a comunidade cristã de Jerusalém, chamada pelo Santo Padre em maio de 2009 como o quinto evangelho, já que são os descendentes da primeira comunidade cristã formada pelo próprio Senhor Jesus!

The Mother Church of the Holy Land is a very concrete and living reality, even if a minority. Fundamentally, the Christians in our countries are not converted persons during a certain moment of history, but the descendants of the very first Community, formed by JesusChrist Himself.

Some ecclesial and pastoral consequences for the
Universal Church come from this:

- The Mother Church of Jerusalem, therefore is your Church where spiritually and ecclesially you were all born (Ps 87). She watches over the Holy Places of the Patriarchs, the Prophets, Jesus Christ, the Virgin Mary and the Apostles for the whole Church. She is, as we were reminded by His Holiness Pope Benedict XVI, “the fifth Gospel”.

- The Mother Church of Jerusalem must therefore be the object of love, of prayer and of attention from all the Church, from all bishops, priests and faithful of the People of God. To be solidary with the Church of Jerusalem, to live communion and witness which this Synod speaks about, reveals our duties as shepherds and the episcopal collegiality.

- To love the Holy Land implies visiting the Holy Places and meeting
with the local Community.

- To love the Holy Land is also to serve it: do not leave your Mother Church alone and isolated. Help her with your prayers, your love and your solidarity, avoiding that she become a great open-air museum.
To be silent because of fear before the dramatic situation you all know about would be a sin of omission.

Also, we are very grateful to the Holy See, to the bishops, to the priests and to all the friends of the Holy Land for what they so generously do to support us spiritually and in a material way. We are also very thankful to the Congregation of Eastern Churches and to the Equestrian Order of the Holy Sepulchre of Jerusalem.

- The Christian Community of the Holy Land (barely 2% of the population) is suffering violence and instability. It is a Church of the Calvary. She has the weighty responsibility of perpetuating the message of peace and reconciliation. Despite the difficulties that seem overwhelming, we believe in God, the Master of history. For God “is the peace between us, and has made the two into one entity and broken down the barrier which used to keep them apart... by restoring peace, to create a single New Man out of the two of them” (Eph 2:14-15).

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