segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Remar contra a Maré

Estive fora uma semana tendo o 'difícil encargo' de acompanhar o biblista italiano Gregorio Vivaldelli pela Terra Santa, sendo esta sua primeira peregrinação aos lugares sagrados de Israel. Especialmente Jerusalém foi inesquecível e cansativo pois eu sempre corria atrás do Gregorio e do Pe.Pedro, diocesano de Ribeirão Preto, nosso querido guia e amigo brasileiro, que termina seus estudos teológicos com os franciscanos daqui a poucos meses. Eles de pernas longas e ágeis e eu acompanhando nas carreiras as vielas e subidas e descidas de mil e uma escadas, ouvindo as explicações, as divagações teológicas e tomando um banho de história e de testemunho de fé. Matei a saudade da língua italiana com quem tenho uma dívida um dia a ser paga: estuda-la sistematica e dignamente para fala-la fluentemente como uma homenagem ao papá e a uma parte de mim, a parte criança, que quando pequena se expressou em italiano.

Jerusalém se experimenta e se conhece. Jerusalém se ama e se reza. E a Providência Divina, pródiga em mimos, nos deu estar por exemplo no Santo Sepulcro sozinhos, longamente, para rezar, chorar, adorar, louvar o Senhor e agradecer pelo dom inestimável do batismo cristão que nos faz conhecer a morte e a ressurreição do Senhor. Não foi uma experiência somente estética e histórica muito forte, mas também, pelo menos para mim, uma experiência de gratidão pelas gerações e gerações dos que vieram antes de mim, de nós. Como não agradecer ao Senhor pelos franciscanos que protegeram a Terra Santa desde 1245?! (Acho que a data é esta, se não for é algo bem próximo). Como não perceber com clareza que somos hoje esta geração pós-Conciliar os chamados a também preservarmos e testemunharmos a fé, custe o que custar, como Comunidades Novas que somos?

Ficou claro para mim, depois desta semana e da peregrinação, ouvindo o Gregorio falar e testemunhar, como pai de família e leigo consagrado, que o sopro novo do Espírito Santo na Igreja para a construção do Reino de Deus, aponta para os leigos como seus instrumentos eleitos em especial. É tempo de nos comprometermos e oferecermos tudo o que somos e temos para que esta belíssima obra do Senhor aconteça no meio de nós e a partir de nós... mesmo sendo nós quem somos inconstantes, frágeis, inseguros, medrosos, carentes, mas amados, amados, amados, amados...

Nós vamos passar mas as obras de amor que fizermos por amor a Jesus, ao Reino, à Palavra de Deus, pelas pessoas estas permanecerão para sempre, como a gente testemunha nos lugares santos, seja na Terra Santa, seja onde for.

Nenhum comentário: