Fiquei arrasada ontem, quando cheguei em casa e o sinal da internet estava péssimo não me permitindo escrever no blog como tinha programado, em homenagem a S.José. Mas o faço hoje. Como gosta de dizer a minha mãe: no céu não tem 'folhinha', ou seja, calendário, e quando a gente gosta de alguém pode homenagea-la fora da data oficial. Eu sinceramente acho isso o máximo, dar e receber um presentinho, uma florzinha, um cartãozinho fora de hora, só pelo prazer de expressar amizade, carinho, afeto. Mas os presentes não precisam ser necessariamente no diminutivo, podem ser superlativos também...
Em casa tivemos uma missa celebrada pelo Pe.Alberto, em português, o que faz total diferença, logo cedo, depois do café da manhã festivo. E ele, sendo carmelita, falou muito do que Santa Teresa ensina e orienta a respeito deste santo top de linha. Ela ensina e testemunha que foi sob a proteção de S.José que 'aprendeu' a rezar, pois quem se confia a S.José, sabe ter amizade profunda com Jesus, e nada lhe falta, nem material nem espiritualmente falando. Pe.Alberto até nos contou, sorrindo e com o jeito bem humorado que lhe é próprio, que entre os carmelitas há uma brincadeira que diz que se S.José não tivesse se casado com Maria Santíssima, seguramente Sta.Teresa tinha se casado com ele, tamanho o amor e a confiança que nele depositava.
Na Comunidade Shalom temos especial carinho por S.José e queremos ser como ele, justo, fiel, homem obediente, de oração, de coração esponsal, onde o amor de Deus e sua santíssima vontade vem em primeiro lugar. Através de S.José a Providência Divina se manifesta segura nas necessidades materiais da Obra e em cada missão, e é impressionante como ele intercede, ajuda, faz ver o seu cuidado paterno em pequenos detalhes, semama após semana, aperreio após aperreio, para não negar a origem nordestina do Shalom.
Ontem meditando os mistérios gozosos 'notei', pela primeira vez, que S.José está presente em todos os cinco mistérios, até no da Anunciação, indiretamente, já que ele também foi visitado pelo Senhor para poder dizer o seu sim essencial para dar seguimento à vontade e plano do Pai. Pela primeira vez S.José não me pareceu apagado, como se fosse um personagem menor, igual se fala do marido da Rainha Elizabeth, que é quase figura decorativa. Não. De jeito nenhum. Também ele acolheu e guardou em seu coração todas as revelações que foi recebendo junto de Nossa Senhora a respeito de Jesus. No nascimento, com os pastores, com os reis magos, de Ana e o velho Simeão, no templo de Jerusalém, quando encontraram Jesus que estava perdido... Será que a gente pensa que eles nunca conversavam, partilhavam, falavam das coisas de Deus?
O que mais me chamou atenção ontem, após o terço e o Ofício das Leituras, foi meditar na extraordinária confiança do Senhor em S.José, colocando em total entrega, sem reservas, sob seus cuidados, os dois dons mais preciosos do Céu e da Terra: Seu Filho Amado e Maria Imaculada, a Esposa do Espírito! Já pensou? Isso é grande demais!
E como os atributos de Deus Nosso Senhor são imutáveis, Ele continua confiando a nós dons preciosíssimos, inestimáveis, que nos ultrapassam em muito e cada um saberia fazer sua listas... Imagino que os pais e as mães com um mínimo de consciência tem essa certeza. E se a gente pensar na Eucaristia, a cada dia depositada no altar e em nossos corações, chega a deixar a gente meio mudo. Mais que calado, silencioso diante do mistério. Talvez seja por isso que S.José seja tão discreto em palavras, contemplativo.
Que ele interceda por nós e nos ensine a amizade com Jesus e com Nossa Senhora e a coragem de dar conta de todos os dons que nos foram entregues por parte do Senhor, em total abandono, pois Ele confia em nós!
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