Chegando da missa esta manhã ergui os olhos ainda meio sonolentos para a figueira da entrada da casa e colhi dois figos vermelhos, miúdos, que me esperavam. Tive a impressão que o calor da noite os amadurecera para que pudesse abocanha-los com vontade, imediatamente pensando em minha mãe que ama esta fruta, e começar o dia com doçura na alma e na boca.
Festa de Santa Edith Stein, Benedita da Cruz que com sua irmã Rosa, ambas judias carmelitas convertidas, morreram em Auschwitz em 1942, no dia 9 de agosto. Elas foram capturadas pelos nazistas quando moravam no carmelo de Echt na Holanda, como retaliação ao pronunciamento que a conferência dos bispos havia escrito contra a política Nazista e que tinha sido lido em todas as paróquias no dia 20 de julho. Lembrei-me de minha amiga carmelita pernambucana que conheci em Propriá, SE, nos idos de 92-93, na minha primeira experiência missionária, que adotou este mesmo nome mas que, muito brasileiramente, acabou sendo conhecida como Ir.Bena. Esse jeito brasileiro de gostar e de dar apelidos é quase patrimônio cultural, e Bena é mais agradável que Benedita.
Acho que me lembrei tão intensamente de Santa Edith Stein na Eucaristia por causa da experiência de Comunhão dos Santos, que acontece a cada celebração litúrgica, e porque sei que ela quis estudar o hebraico bíblico depois de convertida para ler a Sagrada Escritura, em especial o AT, no original. Não há semelhança nem coincidência entre nós, e digo isso com bom humor, nos meus esforços diários de estudar disciplinada e pacientemente o hebraico. O que há em comum entre nós, poderia dizer, é o desejo de amar o Senhor e fazer a sua vontade.
Que ela interceda por mim, por todos que somos a Igreja e o Corpo, pela Humanidade que caminha em meio a tantos sofrimentos e desafios, para que a nossa fé e confiança irrestrita estejam em Seu Amor e em Sua Palavra, na
salvação oferecida na Cruz, muito mais que em nossos sentimentos e nas circunstâncias.
Que ela interceda por mim, por todos que somos a Igreja e o Corpo, pela Humanidade que caminha em meio a tantos sofrimentos e desafios, para que a nossa fé e confiança irrestrita estejam em Seu Amor e em Sua Palavra, na
salvação oferecida na Cruz, muito mais que em nossos sentimentos e nas circunstâncias.
Acho belo pensar que a festa de hoje é próxima à festa da Transfiguração do Senhor, celebrada dia 6 de agosto que aponta para o destino, para aquilo que seremos um dia plenamente e que Edith Stein e Rosa Stein, através do fogo da Cruz e do martírio, já alcançaram: a plenitude do amor, da felicidade, da paz, da liberdade, da vida e do ser humano, enfim, a visão da face de Jesus Cristo!
Um comentário:
"Responder o chamado de Deus é uma aventura, e vale a pena correr esse risco”.
Edith Stein
shalom!
Raiane
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