Esta manhã um grupo de 13 amigos episcopalianos americanos (corresponde aos luteranos europeus), teve uma conversa, meio entrevista, de 2 horas com o Abuna Elias Chacour, e eu tive oportunidade de ouvi-lo falar longamente após servir café e bolo. Foi um 'banho que tomei' de política e história e análise da Igreja e do Mundo. Como me senti ignorante e como me senti grata por poder aprender!
Fui apresentada como leiga consagrada da Comunidade Shalom a este grupo de amigos do bispo que há anos o apoia através de uma associação chamada 'The Pilgrims of Ibillin'. Eles promovem peregrinações à Terra Santa, necessariamente passando pela vila ao norte da Galiléia, Ibillin, uma das mais simples financeiramente falando, angariando fundo para o grande complexo educacional que existe lá. Em Ibillin o bipo exerceu seu ministério sacerdoral desde a ordenação, mudando-se para Haifa em 2006, somente depois de ser sagrado arcebispo. Há 26 anos o então somente Abuna Chacour fundou uma pequena escola com aproximadamente de 20 alunos, com o propósito de dar oportunidade às crianças árabes, principalmente às meninas, de terem alguma educação e, consequentemente, um futuro melhor. Nascia assim a 'Mar Elias Educational Institutions', mar significando Santo, ou o Profeta Elias, em árabe.
Os americanos perguntaram muito a respeito da situação de política de Israel. Entre as coisas que ouvi e que vale a pena serem repetidas, é que um dos pontos positivos da terrível e estúpida guerra de um mês em 2006 contra o Líbano, é que o Estado de Israel teve que abaixar sua arrogância ao entender que seu exército não é invencível. E esta constatação ficou clara para o mundo todo. O Abuna também comentou que, individualmente, até na esfera ministerial há concenso a favor de uma negociação efetiva pela paz com os palestinos. Ninguém mais suporta a tensão, as mortes, o estado de alerta, o medo entre as pessoas. Só que 'algo acontece' na Cúpula mais alta das decisões, que 'empaca' as negociações que não vão para frente e os palestinos continuam reféns em sua própria terra, como é a triste e aviltante situação dos árabes-cristãos e os árabes-muçulmanos de Belém.
Eu realmente acredito que a oração pode mudar o coração dos homens, pois pode apressar e trazer a misericórdia e a luz do Senhor para os corações duros e cegos! Devemos rezar e rezar de todo coração, neste final de semana, pois temos segundo turno de eleições no Brasil e eleições presidenciais nos EUA. Nos pediu o bispo que rezássemos pois sabemos que o que acontece na América do Norte afeta o mundo inteiro, mais ainda Israel e a Terra Santa. Ainda não sabemos verdadeiramente se o Barak Obama vence porque os votos que fazem a diferença, vem da Flórida, e foi exatamente de lá que chegaram os votos que reelegeram o Bush quando todo mundo tinha certeza da vitória do Al Gore. Dessa vez, porém, a briga está ainda mais acirrada, e isso eu fui entender aqui, porque a colonia judaica-americana moradora na Flórida é significativa e pode levar o candidato 'negro de nome muçulmano' perder sua vantagem percentual e voltar para casa como perdedor.
Mais uma vez os judeus demonstram sua influência e poder no mundo! Rezemos para que a soberana misericórdia do Senhor acompanhe e ilumine os eleitores lá e cá. Melhor dizendo: lá e lá, nos EUA e no Brasil. Tem horas que eu esqueço que não estou em casa... Shalom!
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