segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Breves dos Últimos dias

Celebrei a festa da Assunção de Nossa Senhora no próprio dia 15, sábado, em Haifa, participando da missa na Pastoral Hebraica. No Oriente as festas não são transferidas para o Domingo como acontece no rito Latino e cada religião celebra as festas litúrgicas no dia que cai, mesmo que seja dia de trabalho. Quem pode vai, quem não pode não vai.
Não sei se havia comentado antes, mas desde sempre no Oriente se venerou a Dormição de Nossa Senhora, sendo ela considerada o mais precioso dom humano ofertado e elevado aos céus, como seu Filho Jesus, em corpo e alma, após a morte, prefigurando o que acontecerá conosco um dia, quando também ressuscitaremos. O dogma proclamado em 1950 só fez ratificar o que se crê desde que a Igreja nasceu: que a mais bela das ovelhas do rebanho do Senhor, a bem-aventurada Virgem Maria, já está na eternidade como Jesus, completa e integralmente gloriosa como Ele. Esta festa é tão especial por aqui que por quinze dias se reza e se oferece jejum e pequenas penitências para melhor venerar tão amada Mãe e Senhora no dia 15 de agosto.
Depois da missa com alguns novos amigos de língua polonesa, Pe.Roman, Viktor e Adam, mais Vivi e Cristina, irmãs de casa, aceitamos o convite para um lanche na Ben Gurion, antes de voltarmos para casa em Isifya. Esta é a grande avenida turísitca de Haifa, com os melhores restaurantes, barzinhos, com mesas e cadeiras ao ar livre, no estilo das cidades de beira-mar do mundo inteiro. Foi ótimo. É bom quebrar a rotina e mesmo com simplicidade, por causa da 'dureza financeira' nossa, comunitária, e do bom senso de não abusar dos rapazes, beliscamos uma tábua de queijos e eu provei um chopp forte e bem, bem gelado, que estava no mínimo delicioso! A companhia foi ótima, conversamos sobre nossas respectivas terras e experiências e, na hora do brinde parecia reunião internacional: hebraico, polonês, inglês e português.
Creio que o dom de ter, fazer e manter amigos é algo a se aprender com Jesus, Ele que nos chama de amigos e não de servos e nos revela os segredos de Seu coração. Ele que se reunia com os apóstolos à noite para conversar, para ouvir e para falar. Creio que hoje muitas vezes escutamos Jesus quando escutamos uns aos outros que somos amigos de Jesus e, nessa experiência de comunhão, deixamos ver aquilo que Ele fala às nossas almas e nos ensina através da vida.

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