segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A matemática inesperada

Fiquei encantada com uma meditação lida sobre o Evangelho do dia, da multiplicação dos pães, que me fez desejar mais intensamente a bendita sabedoria de Deus para olhar a vida, toda ela, com o Seu olhar desconcertante.
O autor comentava que o texto falava mais do que aquilo que já sabemos sobre os cinco pães e dois peixes, multiplicados generosamente por Jesus que tinha compaixão do povo e cujo milagre prefigurava a doação de Si mesmo como Eucaristia, milagre esse que por si só já nos deveria inundar de gratidão e alegria, mas o tempo bíblico fala mais. Há um outro milagre que diz respeito ao ambiente onde a multiplicação aconteceu, a circunstância concreta de vida onde acontece mais uma epifania de Jesus, Nosso Senhor.
Quando os discípulos pedem a Jesus que despeça a multidão a tempo dela caminhar até as aldeias próximas para terem tempo de comprar o que comer, eles estão usando toda a lucidez possível para analisar com lógica e com bom senso a situação das pessoas, desejando o melhor para elas. Os apóstolos estão preocupados com a multidão, lotada de crianças, mulheres e seguramente, muitos doentes, sabendo que não teriam condições de atender a todos. Eles estão agindo corretamente. Só que eles caem na maior de todas as tentações que é a mesma nossa, quando usamos somente o bom senso, a análise dos dados e das ferramentas que dispomos: nós tiramos a presença e o poder de Jesus da cena, do problema, da situação. Nós esquecemos dele e de quem Ele é. Nós amortizamos a fé e a confiança e nos sustentamos somente nos parâmetros humanos.
É desnecessário dizer que obviamente é nosso dever de consciência e dever moral usar todos os recursos humanos que temos para enfrentar qualquer realidade humana, só que no gráfico de análise que fizermos temos que incluir os dados da fé que nos remetem à presença Daquele que quebra todos os paradigmas porque tem misericórdia e compaixão de seu povo: Jesus Cristo. Somente Ele.
Fico imaginando se em cada reunião que acontece neste mundo de meu Deus, reunião da bolsa de valores, nos comitês ministeriais, na ONU ou até de condomínio nos prédios que moramos, reuniões de toda ordem onde se tenta resolver tudo e qualquer coisa, e não somente nas reuniões de assuntos religiosos, se nós chamássemos pela presença de Jesus na força do Espírito Santo...
Que diferença se nos exercitássemos na matemática da misericórida e do poder de Deus que não é 2 + 2 = 4 mas 2 + 2 + Jesus = 4 e vida abundante, leite e mel, vinho novo, usando símbolos bíblicos de plenitude. Se nós contássemos mais com Ele, se O deixássemos nos interpelar como Ele fez com o apóstolos, nós veríamos muitos mais milagres, milagres pequenos que dão sabor novo à fé, mas também milagres grandes, do porte de um Festival chamado Halleluya.

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