Nem dá para acreditar mas o Halleluya segunda edição já aconteceu. Se em 2010 foi em maio este ano resolvemos adotar a data do aniversário da Comunidade, 29 anos, e da abertura do primeiro centro de evangelização em Fortaleza em 9 de julho de 1982 como a data do Halleluya Israel.
Passamos semanas de grande e intenso trabalho, aprendendo com os erros e a experiêcia do passado contanto, dessa vez, com os irmãos e irmãs da Obra, especialmente os jovens que participam dos dois grupos de oração, que se uniram à Comunidade. Foi uma experiência incrível de fraternidade, de união de forças e superação de limites, de inculturação. Bendito seja Deus! As fotos mostram isso e mesmo o público tendo sido pequeno e aquém das nossas expectativas, mais por problemas internos da diocese do que de fato com o Halleluya ou com a Comunidade Shalom, nós haveremos de continuar evangelizando e semeando a Palavra, o Amor de Deus revelado em Cristo Jesus e pedindo ao Pai o Shalom para a Terra Santa.
Acima temos o banner ou panô que o Pe.Daniel Lenz, nosso amigo e monge beneditino pintou especialmente para o Halleluya! Mesmo sendo bem diferente do estilo que estamos 'acostumados' é uma obra de arte de cores intensas que agradou a quem contemplou e que foi escrito e pintado debaixo de muito sol, regado a muito suor e oração pela juventude que tanto precisa encontrar Jesus.
Preparação do local: som, cadeiras, palco
O poster com o tema 'Castidade: a força que nos faz viver!'
O local cedido pela Prefeitura onde pagamos preço simbólico por interferência e sinal da Providência Divina, chama-se Beit Hagafen e fica bem perto do Centro de Evangelização no e no coração de Haifa. Neste local há muitos eventos ecumênicos que promovem o diálogo entre os cristãos, muçulmanos e judeus. Esta é uma das salas que foi preparada para adoração contínua do Santíssimo Sacramento na intercessão pelo evento e todas as necessidades humanas, materiais e espirituais para que o Halleluya acontecesse nos corações e nas vidas das pessoas, pois, quem não precisa aprender cantar um canto novo? A capela estava linda, ornada com flores bem do jeito shalom de ser...
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... o detalhe está na hóstia consagrada que no rito melquita é feita de pão e não de massa fininha de farinha e água, como acontece no rito latino por questões pastorais. No rito melquita o pão especial tem cara, jeito, tamanho, sabor de pão mesmo e no ostensório o Senhor Jesus está ainda mais surpreendentemente escondido e pequeno, Ele que é dono e Senhor de tudo, o Amor que move o mundo e os homens, humilde e silencioso para amar e ser amado, no silencio e na paz, buscando os corações... Tive a graça de participar deste 'trabalho' tendo que cobrir os horários de várias pessoas que estavam na ativa ou atrasadas, etc, etc.
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Este ostensório nos foi emprestado pelos Franciscanos da Basílica de Nazaré, trazido pelos nossos irmãos que servem nesta cidade e que vieram participar do Halleluya no palco e fora do palco. Achei o detalhe da base do ostensório com esta pessoa com as mãos erguidas e olhos fechados tão expressivo e tão convidativo à oração que quis partilhar com os leitores do blog. Por várias vezes enquanto intercedia pelo Halleluya e todos os Halleluyas e eventos de evangelização que acontecem na Igreja e no mundo através da Igreja, pensava também na força e na necessidade da intercessão contínua para que não lhes falte a graça de Deus a única realidade que de fato toca o coração, ilumina a cegueira e arranca a surdez. Sem a graça de Deus, ou seja, o Espírito Santo agindo, pode-se fazer muita coisa bonita e boa mas que não traz a luz da Verdade, nem leva o homem de volta para Deus e o Seu Amor. Quantas e quantas adorações deveríamos fazer para enfrentar a petulância destruidora e maléfica do movimento e da cultura gay?
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Dom Elias Chacour dando as boas vindas ao público e dizendo da liberdade do Espírito Santo que traz missionários brasileiros para levar os cristãos da Terra Santa a novamente se voltarem para Jesus e Seu Amor.
Início do show-peça-musical 'Christus' que apresenta a pessoa Jesus como salvação e única fonte absoluta de felicidade para a Humanidade. Entre os atores havia amigos, gente da Obra e irmãos e irmãs de Haifa e de Nazaré. Tudo cantado em árabe. Obra maravilhosa de superação e de coragem de todos, violência de coração por Amor.
Outra cena do show 'Christus'
Mais uma cena, já no final, com o Cristo glorioso, interpretado pelo Majeed
Última cena, hora dos aplausos. Graças a Deus o nosso bispo esteve conosco por duas horas e tanto ele quanto o pároco, de Haifa, Abuna Agapios assistiram ao jingle, à peça e pareceram gostar bastante.
Não tem como negar: a estrela da noite foi a Soraya que dançou no jingle, dançou na peça e ainda foi back na dança na apresentação musical do Cristiano Pinheiro, nosso irmão de Roma, seminarista, que veio especialmente para o Halleluya pela segunda vez. Dessa vez o Cristiano cantou também em árabe e foi maravilhoso. Soraya e Leandro deram o máximo de si como se ve na foto e sem exageros, as apresentações artísticas foram lindíssimas. Deus permita que em outros eventos da diocese a Comunidade seja chamada a apresentar novamente o 'Christus' e o jingle que fala da Castidade.
Vale a pena dar parabéns e partilhar meu orgulho e gratidão por todos que deram o máximo de si, no palco ou fora dele, muito especialmente para a Yara que além de diretora e tradutora e arranjadora foi dançarina e com a Soraya provaram que é possível ser 'violento de coração' dando tudo de si e superando os próprios limites.
Tivemos meia hora de adoração ao Santíssimo Sacramento, nos moldes Shalom e ocidental de ser - o que é uma grande revolução para os parâmetros locais - com Tennessee e Lorena conduzindo a oração e o louvor, na presença do Abuna Yohanna que é padre melquita e que conhece um pouco mais a Renovação Carismática do tempo que estudou no Canadá. A oração foi simples e ungida como também as músicas, tendo como rhema forte a canção cantada em várias línguas pelo Cristiano que diz: 'Quem é esse Deus pra nos amar assim?'
E por fim, mais uma vez a princesa da casa e do Halleluya que dizem as 'profecias' um dia será também bailarina, a Silvinha nos braços do Pe.David Neuhaus, sj, da Vigário-Geral da Pastoral Hebraica que pelo segundo ano vem prestigiar o Halleluya. Providencialmente ele veio de Jerusalem para visitar a comunidade de Haifa e antes da missa e depois dela foi prestigiar o Festival.
No restinho de bateria que tinha no celular consegui capturar esta bela imagem: a Silvinha no colo do Pe.David que intercedera por ela desde o nascimento e a pegava nos braços pela primeira vez.
Que em tudo seja bendito o nome do Senhor! E que nada nem ninguém possa fazer com que nosso amor e confiança nele se arrefeçam. Que a semente da Palavra plantada em nós possa dar todos os frutos que o Pai espera.
Amém!