segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Professora que ama Teresa e Bob

Hoje é dia do professor e como sou professora nascida numa família marcada por essa virose crônica, felizmente sem cura, me lembrei com gratidão enorme dos alunos que tive e dos professores que tive pela vida afora. Alguns inesquecíveis, situações também memoráveis como aluna e como professora. Sempre senti uma alegria enorme e um orgulho genuíno quando era chamada de professora. Depois virei missionária mas como a doença não tem cura, volta e meia lá estou eu fazendo as vezes e sendo novamente professora.

Uma das facetas mais legais é o contato com as gerações mais novas e o desafio do relacionar-se, seja com os jovens, seja com as crianças. Acho que para um professor ser bom é saudável que ele sempre estude e sente do lado de lá da sala e faça trabalhos, perguntas, tenha tarefa de casa e observe o que faz e é um professor. E se lembre também como se prepara bem uma aula e se quer bem aos alunos, e isso sem romantismos mas com amor e competência... Só sei que é bom demais ser professora.

Não foi num contexto de sala de aula mas de troca com um jovem com idade de um sobrinho, que eu experimentei, mais uma vez, a riqueza que há entre as gerações e a amizade entre as gerações. Esse jovem faz uma experiência de um ano em Toulon, na França, num projeto que se chama 'Jovem em Missão'. E nós conversávamos sobre música e músicos cristãos e como às vezes precisamos deixar de ouvir certas músicas e optar por outras para que o coração realmente fique livre e conheça a força da Beleza... E assim o Gabriel me perguntou sobre o que eu ouvia quando tinha a idade dele (que tem 23 anos) e, de repente, minha memória deu um salto no tempo e eu me lembrei do Bob Dylan e da fase que ele conheceu Jesus e o aceitou como Salvador do mundo, como Filho de Deus.

Do Bob Dylan o Gabriel já tinha ouvido falar mas que ele cria e amava Jesus isso era novidade. Contei-lhe o que sabia: me parece que depois dessa fase cristã Bob Dylan voltou-se para suas raízes judaicas e abraçou o Judaismo. 'Que ele ame e sirva o Deus de Abraão, Isaac e Jacó e no seu coração ame a Jesus Cristo, do resto cuida Deus', disse eu, enquanto corríamos para a Internet e, no YouTube, encontramos a letra e o link de uma das canções mais legais do Bob Dylan dessa fase de conversão cristã que se chama 'Gotta serve somebody' (Tem que servir alguém) e está no álbum (não era CD ainda!) de 1979 chamado 'Slow Train Coming'. É claro que o Gabriel achou o máximo e eu me senti mais uma vez na idade dele, impactada com a descoberta de que um ídolo da música também amava Jesus. 

Partilho então o link no YouTube e a letra da música porque o que ele disse é a mais pura verdade: queiramos ou não em primeira ou última análise a gente serve a alguém, e esse alguém ou é o diabo ou a Deus. A opção só nós podemos fazer.

E onde entra Teresa de Jesus, a Santa Madre como chamam os carmelitas, baluarte da vocação Shalom, nessa história toda? É que Teresa é mestra, doutora, modelo de vida e de profunda liberdade e realização de vida. Ela era livre e servia a Deus com toda a alma e coração, com toda força, inteligência, vontade e sentimentos, como mulher, e se servia de todos os meios para que Jesus, Sua Majestade, fosse amado, conhecido, adorado... E não é esse também o meu desejo e de tantos artistas, no Shalom e no mundo inteiro?

Teresa também me encanta porque ela buscou, buscou, buscou até ser encontrada pelo Amor aos 47 anos (ela entrou no convento aos 16!) e começar de fato um caminho de amor sem volta. E ela serviu e amou a quem merece ser amado em primeiro lugar: a Deus Nosso Senhor!  

https://www.youtube.com/watch?v=dIsHsq27rhU 

"Gotta Serve Somebody"


You may be an ambassador to England or France

You may like to gamble, you might like to dance
You may be the heavyweight champion of the world
You may be a socialite with a long string of pearls.

But you're gonna have to serve somebody, yes indeed

You're gonna have to serve somebody,
It may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

Might be a rock'n' roll adict prancing on the stage

Might have money and drugs at your commands, women in a cage
You may be a business man or some high degree thief
They may call you Doctor or they may call you Chief.

But you're gonna have to serve somebody, yes indeed

You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

You may be a state trooper, you might be an young turk

You may be the head of some big TV network
You may be rich or poor, you may be blind or lame
You may be living in another country under another name.

But you're gonna have to serve somebody, yes

You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

You may be a construction worker working on a home

You may be living in a mansion or you might live in a dome
You might own guns and you might even own tanks
You might be somebody's landlord you might even own banks.

But you're gonna have to serve somebody, yes

You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

You may be a preacher with your spiritual pride

You may be a city councilman taking bribes on the side
You may be working in a barbershop, you may know how to cut hair
You may be somebody's mistress, may be somebody's heir.

But you're gonna have to serve somebody, yes

You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

Might like to wear cotton, might like to wear silk

Might like to drink whiskey, might like to drink milk
You might like to eat caviar, you might like to eat bread
You may be sleeping on the floor, sleeping in a king-sized bed.

But you're gonna have to serve somebody, yes indeed

You're gonna have to serve somebody,
It may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

You may call me Terry, you may call me Jimmy

You may call me Bobby, you may call me Zimmy
You may call me R.J., you may call me Ray
You may call me anything but no matter what you say.

You're gonna have to serve somebody, yes indeed

You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

sábado, 6 de outubro de 2012

As perguntas de Francisco

Não tive tempo de escrever ontem como pretendia mas como minha mãe gosta de dizer: no Céu não tem calendário, quem disse que só pode falar de S.Francesco, o Chico e Assis, no dia 4 de outubro? Para mim uma incansável fonte de inspiração é a lembrança corajosa desse santo que passou anos da vida rezando com duas perguntas: Senhor, quem és Tu e quem sou eu? Em linguagem bíblica é o mesmo pedido do povo de Israel: mostra-nos a tua Face, Senhor! É a tua Face que nós buscamos. E Jesus nos disse, prometeu: eu conheço as minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem a mim. Esse pedido orante de Francisco é uma bela oração a ser imitada para quem de fato quer conhecer-se segundo os olhos de Deus. Engraçado que S.Teresinha, festejada no dia 1 também rezava e dizia da sua busca: eu sou o que Deus pensa de mim. E como é que a gente descobre a resposta? Que desafio...
Por estes dias, no entanto tive um clic através de uma homilia muito ungida feita pelo Pe.João Wilkes ao comentar o evangelho do dia onde Jesus pergunta: e vós quem dizeis que eu sou? Jesus inverte a pergunta! Ele também quer ouvir de cada um de seus amigos quem nós somos para Ele. O padre explicava que Jesus tinha três níveis de percepção de si: aquela que o Pai lhe dava em oração, aquela que os amigos, discípulos mais próximos lhe comunicavam e aquela mais genérica, do povão. Que nós também devíamos aprender com Jesus a buscar esse auto-conhecimento gerado pelos nossos níveis de relacionamento, banindo todo medo da fraternidade e fazendo da resposta de Deus a única resposta absoluta. E esta é absoluta porque é a única que tem amor sem medidas. E posso dizer por mim: preciso tanto conhecer esse amor que é a própria medida da humanidade, a própria medida de mim... Esse amor de Jesus que não cansa e não se cansa.
Francisco, um dos santos mais encantadores de toda história, o Poverello que foi tão amado e queria aprender a amar e por isso pedia para crescer nesse conhecimento de Jesus... Assim passei o dia de ontem, fazendo minhas as palavras do santo que tanto influenciou o carisma shalom, no amor esponsal, no desejo de minoridade, na atitude sincera e contínua de louvor e também na sede de um auto-conhecimento libertador e gerador de vida.
Salto de Francisco para divulgar uma entrevista que achei importante, publicada no Zenit que mostra mais e mais a importância de lutarmos e aderirmos à luta pela vida - onde há vida Deus está! - e a denúncia de toda manipulação de dados para justificar o injustificável: a aprovação legal do aborto no nosso país. Vivamos e nos empenhemos para não haja mais nenhuma morte de bebês e também de mães. Que não haja mentiras. Pelos frutos os conhecereis, as sementes da verdade e da vida precisam prevalecer, é uma luta sem tréguas.
E se comprometer com a vida do outro, de qualquer outro, também dos bebês nos ventres de suas mães e cuidar das próprias mães é evangelizar. Evangelizar é uma obra completa que vai do primeiro anúncio à vida plena em Jesus Cristo, na sua Palavra, em todas as dimensões da vida. Não é uma ideologia, um bando de conceitos e pensamentos meramente humanos, regidos pela subjetividade mais em voga. Evangelizar e ser evangelizado é ser e viver aquilo que Deus pensa e sonhou para mim e para todas as pessoas. Tem uma dimensão pessoal de consequências socias. Tem um começo e muitos recomeços, tem sempre a pergunta: quem sou eu, que Tu queres de mim, como faço para melhor conhecer teu Coração? e só terá fim na hora que voltamos para casa, na eternidade, onde não mais haverá perguntas, só respostas..
Norma Técnica ministerial pode legalizar o aborto no Brasil?
Entrevista com Dra. Renata Gusson
Por Thácio Siqueira
SAO PAULO, segunda-feira, 01 de outubro de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir uma entrevista que a Dra. Renata Gusson, bioquímica e mestre em ciências, concedeu a ZENIT sobre o tema do aborto no Brasil.

Dra. Renata Gusson é Farmacêutica-Bioquímica, especialista em Biologia Molecular e mestre em Ciências pela Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

ZENIT: Dra. Renata, explique-nos como uma Norma Técnica ministerial pode legalizar o aborto no Brasil uma vez que a população é majoritariamente contrária ao aborto?
Dra. Renata: é realmente de pasmar qualquer cidadão que vive em uma democracia, não é mesmo? O assunto não é simples, e quem considera o aborto apenas um “problema de saúde pública” não tem a menor ideia das implicações realmente profundas que ele tem na geopolítica. Como é um tema complexo, eu não poderia em poucas linhas apresentar de forma adequada sua gravidade. Sugiro a leitura do documento “Maio de 2012, a nova estratégia mundial da Cultura da Morte”, publicado recentemente pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul-1 da CNBB. Entretanto, para não deixar o leitor sem uma resposta, eu posso adiantar que, devido à altíssima resistência à legalização do aborto verificada na América Latina, criou-se uma nova estratégia para vencer esse obstáculo. Trata-se de normatizar que, a fim de garantir uma política que vise “reduzir os danos” de um aborto clandestino mal-provocado, o Sistema de Saúde brasileiro deve passar a acolher e orientar as mulheres que desejam abortar. A essa mulher seria explicado como tomar um medicamento abortivo e, tão logo começasse o processo de expulsão da criança, ela se dirigisse a um hospital que seria obrigado a recebê-la de forma “humanizada” e completar o procedimento. Seria proibido ao médico denunciar um caso de aborto provocado. É justamente isso que, na prática, se traduz como uma legalização do aborto. Os idealizadores de tal estratégia afirmam que é preciso burlar a lei para modificar a lei. Portanto, uma vez que essa política tenha sido implantada e largamente difundida, ficará muito mais fácil promover mudanças na legislação. É uma manobra astuta.

ZENIT: Dados divulgados por organizações pró-aborto afirmam que anualmente são feitos no Brasil mais de um milhão de abortos e que 200.000 mil mulheres morrem todos os anos devido a abortos clandestinos.
Dra. Renata: Eu costumo dizer que quem advoga pela morte dos inocentes já perdeu faz tempo o compromisso com a verdade. Esses dados realmente são difundidos a plenos pulmões por organizações pró-aborto. O que dizer deles? Dizer a verdade: são falsos. E não sou eu, que sou contrária à legalização do aborto que digo isso. São os próprios abortistas e o próprio Sistema Único de Saúde que assim afirmam. Para citar um exemplo: em 2010, a “Pesquisa Nacional do Aborto” realizada pela Universidade de Brasília em parceria com a ANIS (uma ONG pró-aborto), mostrou que de cada 2 mulheres que cometem aborto, uma acaba sendo internada. Dados do SUS revelam que, no mesmo ano, foram realizadas cerca de 200.000 curetagens devidas a abortos (tanto provocados como espontâneos). Médicos que trabalham em emergências obstétricas de hospitais públicos em todo o Brasil afirmam que cerca de, no máximo, 20-25% das curetagens são devidas a abortos provocados. A grande maioria é por abortos espontâneos. Vamos então raciocinar: se anualmente são feitas 200.000 curetagens e dessas, no máximo, 25% são devidas a abortos provocados, chegamos a um número de 50.000 abortos provocados. Se a pesquisa da UnB afirma que de cada 2 mulheres que abortam uma acaba recorrendo ao serviço de saúde, temos que são realizados, de fato, cerca de 100.000 abortos anualmente no Brasil. Esse número representa então, apenas 10% dos tão propalados um milhão de abortos no Brasil. Mas essa é uma estratégia já há muito conhecida: é preciso inflacionar a realidade para chocar a opinião pública. Outra inverdade contada para nós: o número de mortes maternas por aborto. O DataSus revela que no ano de 2011 ocorreram  95 mortes maternas devido a abortos (novamente aqui, tanto abortos espontâneos quanto provocados). Então, só nos resta perguntar: o que ocorreu com as mais de 199.900 mulheres que os abortistas afirmam terem morrido em decorrência de abortos mal-provocados? Elas simplesmente despareceram? Mentiras e mais mentiras. Isso é tudo o que os abortistas contam para nós.

ZENIT: Realmente, são informações importantes para o conhecimento da população.  Deixe uma mensagem para os leitores de Zenit.
Dra. Renata: Eu quero dizer que não podemos cair na mentira de aceitar o aborto como algo inevitável; como se fosse uma realidade que veio para ficar e contra a qual nada ou muito pouco podemos fazer. Muitíssimo pelo contrário. Ficou evidente no que acima foi dito, que os abortistas contrariam o bom senso, a verdade, a boa-fé. O avanço da agenda abortista só é possível se nós não fizermos absolutamente nada em contrário. Basta um pouquinho de atuação para que as coisas sigam o rumo certo. A verdade carrega uma força em si mesma. Quando você mostra para uma pessoa o que é o aborto e ela apreende a maldade do ato, nunca mais ela cairá na mentira de aceitar o aborto como, por exemplo, um direito da mulher. Então, eu sugiro aos leitores que divulguem para seus contatos vídeos sobre o aborto, como por exemplo, o “grito silencioso”, produzido por um médico ex-abortista norte-americano. É preciso fazer as pessoas verem sobre o que se trata o aborto: a morte dos inocentes mais indefesos. Outra importante iniciativa é contactar o seu representante político e cobrar dele uma atuação pró-vida com o poder que o seu voto deu a ele. Estamos em uma luta real. Não podemos nos deixar anestesiar ou fazer de conta que não existe problema algum. Para vencer uma batalha, a primeira coisa a fazer, é tomar consciência que não se vive tempos de paz. O nosso tempo, apesar de não se caracterizar por uma luta armada entre exércitos inimigos, caracteriza-se sim por uma luta velada contra os inocentes. O volume de sangue derramado pelo aborto já ultrapassou e muito qualquer outra guerra existente. Eu ousaria dizer que já ultrapassou, inclusive, o volume total de sangue derramado por todas as guerras já existentes. De que lado vamos lutar?