sexta-feira, 31 de maio de 2013

De trás para frente

Acho que vou dar as notícias de trás para a frente. Hoje nessa linda festa do dia 31 de maio só sei que pedi a Nossa Senhora que me ensinasse a cantar com Ela o Magnificat, o louvor pela obra de Deus na minha vida e na vida de tantos, na vida da Humanidade. Reaprender o louvor e a confiança inclusive e principalmente nas provas e nas esperas do tempo de Deus.

Eu cheguei em Roma na segunda-feira dia 27 de maio data muito especial pois meu pai faria 80 anos. Rapidamente me dei conta que a casa estava cheia de irmãos, visitas, havia um mar de pessoas da Comunidade, inclusive o Conselho Geral da Obra Shalom. Muitas pessoas de Fortaleza vieram para a festa de Pentecostes em Roma com o Santo Padre e a seguir o Conselho Geral se reuniu em retiro, faltando somente a Bia. Esta foto foi tirada com alguns que permaneceram batendo papo depois do almoço, dia 29, enquanto outros corriam para o Vaticano para rezarem mais um pouco com o Beato João Paulo II, comprarem lembrancinhas para serem levadas para o Brasil ou simplesmente dizerem adeus à bela Roma. Todos os rostos são bem conhecidos. Especial alegria de rever a Maria Emmir depois de dois anos...

Na véspera do casamento da Viviane e do Victor, dia 22 de maio, fui com o Padre Roman levar os pais dela para conhecer Haifa e fomos a um local de onde se tem essa vista maravilhosa. Abaixo é a área dos cemitérios divididos pelas religiões... o menorzinho à esquerda é dos cristãos. Ainda bem que na eternidade não tem nada disso e estaremos todos diante do Senhor misericordioso...
Véspera do casamento, depois do passeio, dia 22 de maio, missa com o Pe.Roman em italiano e português na Pastoral Hebraica. Tinha que registrar este último momento de descontração antes de todas as coisas que são sempre feitas na última hora...

Isso já foi depois do casamento, sábado, dia 25 quando a Viviane pegou os pais e passou na Comunidade para se despedir de todos nós pois os levaria com o Victor para o Mar Morto e Jerusalém. Foi uma lua de mel bem atípica, coisa de gente santa e livre. Dei o maior valor e amo muito esse casal. Difícil foi despedir...não consegui segurar as lágrimas.

Missa de domingo com o Pe.Roman num mosteiro chamado Lavra Natufa cuja capela fica numa caverna literalmente. Fora de série e lindo demais.

Nem precisa comentar tanta belezura e felicidade. Depois da cerimônia uns docinhos no salão da paróquia de S.José em Haifa. A festa seria mais tarde, num hotel com direito e muita música árabe e a maior de todas as novidades: uma quadrilha. Sucesso absoluto!

A Comunidade Shalom de Haifa, em Israel com o casal e no fundo, à direita, o Daniel que é da obra e um jovem muito amado por Deus.

Sorvete no McDonald's para a minha despedida no domingo com as meninas e o Thiago, atualmente o único rapaz da missão que aguarda para breve a chegada de mais um missionário. Como foi bom estar com os irmãos com quem não perco a experiência de sentir-me em casa e família. Só faltava o Tennessee e a Silvania e a miudinha da Silvinha.

Bom é estamos juntos! Como louvo o Senhor por este grande presente que Ele me deu em sua providência: poder trabalhar em Israel e estar por três semanas com todos, participando de grandes eventos como o batizado do Steven, o casamento da Vivi e do Victor, e as promessas definitivas da Yara em Nazaré, além de tantas outras coisas mais pessoais que só Deus poderia saber e me dar.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Esse amor de Deus...o batismo de um judeu.

Pois é... estou em Israel mais uma vez para duas grandes festas: uma aconteceu ontem, na vigília de Pentecostes: o batizado do Steven, e a outra acontecerá essa semana que é um casamento na missão de Haifa. É uma alegria sem medidas estar aqui mas o testemunho como vim parar em Israel mais uma vez fica para um próximo texto. Quem é o Steven? É o sentado à esquerda, um judeu canadense que se aposentou e resolveu mudar de vida vindo para Israel. Mal sabia ele que sua vida mudaria tão radicalmente: ontem ele tornou-se cristão, filho de Deus e da Igreja, recebeu a salvação e a presença do Deus uno e trino para sempre em sua alma. Foi inundado do Espírito, do Shalom do Pai e o abraço eterno do Pai que o levou para casa. Alegria, alegria! Eu e o Eran fomos os padrinhos com muita honra. Essa foto foi tirada semana passada numa missa durante a semana na velha casa que faz vez de capela e acolhe os católicos de língua hebraica que vivem em Haifa. 


Depois da foto aos pés do quadro de Nossa Senhora saimos para jantar em um restaurante japonês e chinês que eu nunca tinha ido, bem pertinho da Pastoral. Delícia de comida, noite maravilhosa de fraternidade entre nós. Quatro mosqueteiros do Senhor Jesus!

Noite de sábado, vigília de Pentecostes, 18 de maio de 2013. O Steven está muito, muito tenso e emocionado. A gente brinca com ele para descontrair, a missa vai começar e nós testemunhas mais que felizes pelo nosso papel. Como eu conheci o Steven? Quando comecei a estudar o hebraico em 2011. Talvez uma das experiências mais frustrantes e humilhantes de toda a minha vida mas que me rendeu uma amigo e uma alma atraída para Jesus. Sofreria tudo de novo para poder dar esse fruto tão maravilhoso de evangelização para o Senhor: um judeu batizado! Aos poucos o Espírito Santo o foi atraindo o Steven e deu no que deu: ele se apaixonou por Jesus e tudo o que diz respeito a Ele, incluindo a Igreja. Deus é absolutamente atraente. Claro que não o evangelizei sozinha. Eu fisguei o grande peixe - sempre amei os judeus e a cultura hebraica - pela amizade sincera e o testemunho muito despretencioso de vida. Também comecei a interceder e o convidei para participar da Semana Santa no rito católico melquita - acho que peguei pesado mas o Steven aguentou o tranco. Depois ele conheceu a comunidade Shalom, foi fazend0 amizade com todos, viajamos juntos para Pentecostes em Jerusalém e ele recebeu oração e  foi tocadíssimo pela graça de Deus. Depois passou a ir à missa na Pastoral Hebraica e com a desculpa de aprender e usar a língua foi se tornando membro da kehilla (comunidade em hebraico) e depois de um seminário de vida no Espírito que fizemos juntos ele tomou a decisão: quero ser católico. Foi conversar com o Pe.Roman que começou a lhe dar o kerigma e a catequese e ontem foi o resultado de todo esse belíssimo trabalho do amor de Deus: mais um coração que conhece de onde veio e para onde vai. Mais uma alma esposa amado a amante do Senhor Jesus.

Hora das respostas do credo e da renúncia ao maligno. Imagino a festa no Céu a alegria do coração do Pai por poder viver plenamente no coração desse seu filho criado por amor e para o amor em Jesus... O Steven um eleito do Senhor duas vezes...

A hora do batismo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Quanta emoção, quanta gratidão! 


 As rosas lindas e bem vermelhas: o fogo do amor que era renovado no coração de todos.

 No fim da festa: tudo estava consumado :-) O sorriso já era mais leve e feliz! 

As flores de Nossa Senhora para enfeitar a noite: tanto as meninas quanto as nascidas na terra. Stella brincando com a Yara para variar um pouco :-)


 Todos juntos abraçando e nos alegrando com o Steven. Noite de muita alegria e gratidão!


 Com Viviane e Victor que se casam essa semana no dia 23.

 Com o padrinho Eran


Com Miryam que preparou todas as músicas para a celebração e tem um carinho grande pelo Steven. Podia dar samba...mas isso só Deus sabe.

Quem entende o gesto entende, quem não entende eu explico depois. Feliz Pentecostes! 
Que o Deus da vida e do amor nos sustente até o fim bem perto dele.

domingo, 19 de maio de 2013

O passado sempre presente: neve e Cambridge

Esta é Cambridge, em Massachussets onde vivi por quase 3 meses, fazendo mais uma experiência missionária bem diferente. Era minha última semana nos Estados Unidos e eu saía do shopping center onde acabara de comprar um mini iPad fruto de todas as minhas economias e presentinhos que que havia ganho, com a intenção de da-lo de presente para alguém especial quando fosse ao Brasil: a mamãe.  Queria registrar com a câmera digital uma das coisas mais belas que a natureza nos oferece e que Deus inventou: a neve. Eu nascida e criada em país tropical nunca tinha visto neve e passar todo o inverno no nordeste americano me fez tirar o atraso. Lindo, lindo demais, mais ainda se se pode contar com um bom aquecimento, água quente e todos os etc do conforto. Sem dúvida o frio mata mais rápido que o calor. Mas amei milhões andar na neve. 

A entrada do shopping mall agora visto de lado.

A pizzaria mais gostosa de Cambridge, com classificação de number 1 nas revistas gastronômicas da região, com votos dados pela população local. Era o point de encontro com a família Matos depois da missa da noite na paróquia de Santo Antonio. Eles geralmente iam na missa dos brasileiros celebrada pelo Pe.Cristiano, também brasileiro, às 19h. Eu preferia ir à missa pela manhã, fosse em inglês ou a dos portugueses, dos Açores na maioria, com seu sotaque fortíssimo... Eu já estava me acostumando com o som de Israiel em vez de Israel :-) E quanta pizza boa comi nesse local bem vizinho à paróquia  de S.Francisco dos imigrantes italianos, onde me hospedei. Mas essa é a foto que vem a seguir. 

A paróquia onde vivi três belos meses. A partir da quarta janela para trás é o prédio com 12 quartos, cozinha, capela, duas salas de estar, refeitório e até um espaço para um centro de evangelização. É nesse lugar que com a graça de Deus um primeiro núcleo da Comunidade de Vida vai morar e levar junto com os missionários da Comunidade Aliança o carisma shalom ao coração dos americanos e brasileiros e a quem Deus mais atrair. O discernimento já foi feito pelo Conselho Geral agora é esperar as mãos humanas fazerem sua parte nas questões de visto, trabalho, mudanças, acertos de todos os lados.

Foi um tempo de intenso trabalho e muita vida. Tempo de graça de Deus, solidão, muitas provas e muita superação. Conheci pessoas maravilhosas e pude me conhecer melhor também. Louvo o Senhor por tudo! Até por ter ficado sem acesso à internet - mesmo estando nos Estados Unidos, parece um paradoxo! - o que me fez perder o ritmo e as condições para escrever no blog... mas enfim, sempre é possível recomeçar.