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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Fotos e Notícias

Sister Marta, ofereceu um almoço de fim de ano para o bispo e todos os funcionários da Cúria que foi simplesmente sensacional. Fiz questão de fotografar a abundância quando o banquete começou a ser servido. Isso sem contar as sobremesas que vieram no fim. Eu me deliciei com o strudel verdadeiro, austríaco, receita da família da sister Marta. Ela mora em Nazaré e é responsável pela Casa do Peregrino Abuna Faraj que foi o grande companheiro de infância e juventude de D.Elias Chacour. Quem já leu a sua biografia, Blood Brothers, sabe o quanto Abuna Faraj foi um sacerdote santo que marcou a vida e a juventude de Nazaré. Morreu de esclerose múltipla e sofreu demais na longa enfermidade mas quem o conheceu e acompanhou até o fim disse que ele jamais perdeu o sorriso grande e bondoso que Deus lhe deu. 

Além dos funcionários da Cúria havia três religiosas de Foucauld e duas contemplativas de uma ordem francesa que eu não guardo o nome. Fiz questão de colocar esta foto do bispo com Sister Teresa porque ela é vietnamita e está em Israel há 44 anos, e o conhece do tempo de seminarista. Sister Teresa fala árabe que é uma graça e tem vários mártires na família toda católica dos tempos de comunismo no Vietnam. Não vejo a hora de levar meu amigo Hai também vietnamita, em caminho de conhecimento da vida católica, para conhecê-la pessoalmente já que Nazaré é bem pertinho.

As três damas de vermelho - pura coincidência - mas foi a sister Marta que me trouxe de Vienna, de presente de aniversário, esta linda blusa vermelha.
 
Sempre ela, a Silvinha, linda, gordinha, com dois dentinhos na frente, cantarolante e batendo palmas no colo do Eran, no fim da missa na Pastoral Hebraica. Ela é a alegria de todos onde vai. Que criança abençoada! E dia 15 já vai fazer um ano... como o tempo voa.
 
Dia das primeiras promessas da Viviane como Comunidade de Aliança em Israel, no sábado, dia 19 de novembro. Que grande dom de Deus e que grande dom ela é para a missão e para quem a conhece! Ao lado da Vivi está o Victor, o namorado, e atrás, os pais dele que foram prestigiar e participar da cerimônia das promessas e da Eucaristia, e tiveram chance, assim, de conhecer todos que fazem parte do Shalom e os amigos da Pastoral Hebraica. Foi uma noite muito especial e eu louvo o Senhor pelo novo que Ele tem preparado para ela a partir da vivência do carisma Shalom como Aliança e Aliança Missionária.

Sempre ela, a princesa Silvia, fazendo sucesso no colo do Pe.David Neuhaus, sj, que veio de Jerusalém especialmente para a Eucaristia. 
 
Depois do bolo, das fotos e dos parabéns na Pastoral Hebraica com os amigos de lá mais os amigos árabes da Obra que também foram à missa (ainda bem que todos entre árabes e judeus falam e sabem bem o hebraico), algumas pessoas foram jantar na Casa Comunitária que fica no Centro de Evangelização. Os principais convidados eram o Sr.Emil e a Sra.Cristina, pais do Victor, e foi tudo simples mas delicioso, graças a Deus. Acho que a Viviane ficou feliz. Teve aquela hora bem shalom de cantoria e homenagem, que mistura riso e chororô que foi também divertida. Na foto: Tennessee, Elena, Eran e Majeed.
 
Esta foto já foi do dia 30 de novembro aniversário do Pe.Roman, com direito a uma festinha surpresa com cheese cake que é o preferido dele, mais um vinho (lambrusco) e limoncello,  e balão do Mickey Mouse. Na foto: Joanna, Steven, Elena, Marilena, Viviane, Yara, Roman, Victor e Eran.
 
Os quatro mosqueteiros! O mais italiano deles segurando não uma espada mas um delicioso Lambrusco para enfrentar o frio que, mesmo em Haifa, tem sido forte. 

É bom celebrar o dom da vida em pleno Advento pois Jesus também se fez um igual a nós para que nós pudéssemos ser igual a Ele: filhos de Deus, filhos no Filho.

Ando meio sumida, escrevendo pouco... excesso de atividades comunitárias (quatro fins de semana seguidos passados em Haifa) e um pico de pressão que me deu crises de dor de cabeça e fez voltar ao cardiologista... mas já estou bem e adicionei mais um remedinho.

Shalom! Vem Senhor Jesus!
Nós te amamos e precisamos de ti!

sábado, 5 de março de 2011

Pele de Dragão Coração de Menino

Com quase três meses de atraso consegui ver o terceiro filme das Crônicas de Nárnia, 'A Viagem do Peregrino da Alvorada'. Pena que não foi no cinema como assisti os dois primeiros filmes, mas na telinha do meu laptop em sessão privada debaixo do cobertor uns dias atrás. Em duas etapas porque é raro ter duas horas inteiras livres para 'ir ao cinema', mas só posso dizer que gostei demais: produção, atores - como a Lucy cresceu! - roteiro, fotografia. O mais tocante, porém, é o texto de C.S.Lewis nas falas e presença de Aslan, o grande Leão de Nárnia. Quem aprendeu a se encantar com contos de fada, jamais perde este gosto.
Da trilogia apresentada até agora talvez este seja o mais abertamente cristão de todos pois Aslan, ao se despedir de Lucy e Edmond, diz que aquela era a última visita deles à Nárnia e que a partir de então eles teriam que encontra-lo com outro nome no mundo para onde voltavam. E a gente sabe que Nome é este mesmo sem ter ido à Nárnia...

Neste filme Aslan fala pouco, aparece pouco, só em momentos decisivos, mas sua discreção também me pareceu importante. Vou comentar o que mais me tocou a sensibilidade e que me fez pensar. A primeira situação é quando ele interfere na grande crise de identidade revestida de inveja que a Lucy passa, ao se comparar com a prima Suzana. Aslan interfere porque a ama e a leva a pensar e novamente a optar pela verdade que liberta. Aslan devolve-lhe a liberdade de querer ser somente ela mesma com toda a beleza que isso implica. Beleza e responsabilidade pois, lembrando as leituras do filósofo Romano Guardini que tanto me marcaram a visão de mundo e da vida, eu sou o primeiro presente dado a mim mesma, dado por Deus que me criou. Eu preciso me receber do jeito que sou das mas de Deus Pai!

Mais que a vida genérica Deus cria a mim, pessoa, e me dá a mim como dom precioso do seu amor criador de Pai! Este é um grande e libertador aprendizado: receber-se como dom! Daí não precisar invejar mas gastar energia e tempo buscando ser e receber-se e reconhecer-se como obra de Suas mãos! Esta situação do filme é belíssima e é uma lição tão bem aprendida pela Lucy que ela a ensina para a menininha a quem protege e para quem é heroína. Mas acho que Lucy também falou para muitos espectadores e fãns. 

O próximo comentário vai para a figura especial, chatíssima e desconcertante do Eustáquio. Ele é a representação do que há de insuportável em cada um mesmo sendo um menino, um simples menino... A metamorfose pela qual ele vai passando no decorrer da história me fez pensar na própria caminhada de amizade com Jesus. Tantas vezes temos tantas resistências e achamos os que já caminham a mais tempo uns lunáticos, exagerados, alienados, etc, etc. Entramos no barco como Eustáquio, murmurando, meio a revelia, por acaso, e às vezes temos a impressão depois da primeira fase de festa, quando o 'retiro e a música terminam' e nos resta viver somente, que em vez de melhorar estamos é piorando. O monstro que há no Eustáquio vem para fora e parece não ter mais jeito de consertar. Também conosco é assim: enquanto não fazemos a experiência de tocar a própria miséria, fraqueza e pecado, impotência, carência, a dor, a dor pelos paradoxos da vida, não encontramos a salvação. 

Importante nesta fase do filme a presença do Ratinho que não desiste de ser amigo de Eustáquio e que o ajuda a descobrir o próprio coração, o coração humano, de gente, de menino, capaz de ser bom, de se arrepender, de mudar. Deus sempre providencia 'Ratinhos' - amigos e irmãos, Seus instrumentos - para nos ajudarem a fazer esta descoberta depois que eles mesmos fizeram. E assim a Caridade de Cristo (de Aslan!) vai sendo experimentada, tocada, bebida, vai sanando as dores e a solidão.  Não é fácil a gente se deixar tocar nas sombras e nas durezas do próprio coração. Creio que seja a fase em que a gente faz muito, trabalha muito, ensina muito, produz outro tanto com eficácia e sucesso - não foi assim com Eustáquio prestando o grande serviço de puxar o navio em pleno nevoeiro para o seu destino? - mas isso não basta. Continuamos com a pele de dragão. Não basta fazer, tem que ser. E no campo do ser, do arrancar a capa de dragão, as defesas do dragão, a violência do dragão, enfim, a inadequação de parecer ser aquilo que não se é, para ser aquilo que se é verdadeiramente que Aslan precisa interferir. É a hora do encontro dos dois corações. O coração humano com o Coração Humano e Santo, três vezes Santo de Jesus.

Neste filme mais uma vez, vimos a bela cena deste encontro entre Eustáquio e Aslan, como no primeiro filme entre Edmond e Aslan. E ouvimos o grito do Criador salvando a criatura amada e devolvendo-a a si mesma como uma nova criação. E não é exatamente esta realidade espiritual absoluta capaz de nos revolucionar completamente chamada sacramento do batismo que recebemos um dia? E não é o aprendizado de se viver graça a graça o batismo a experiência de santificação, transfiguração, salvação, união de amor? Aslan apresenta o verdadeiro Eustáquio ao Eustáquio e o devolde à família, aos amigos como nova criatura. Claro que nesta hora do filme eu estava às lágrimas...

Só sei que Aslan, Jesus no nosso mundo é o Deus de todo amor e bondade que busca e espera a criatura amada até o último sopro de liberdade. Quando terminei o filme além da emoção, havia gratidão e esperança em meu coração. Eu só conseguia agradecer ao Senhor. Agradecer por Ele ter tomado a decisão de me dar vestes reais de filha de Deus tirando de mim capas e peles e máscaras que em deformavam a identidade. Agradecer a Ele por esta mesma obra em tantos que eu conheço, mantendo a esperança firme de que muitos outros descobrirão ainda o coração de Menino e Menina que há neles, nascidos para o Amor e a comunhão com Aslan que em nosso mundo é Pai, é Jesus, é o Espírito Santo. 

Feliz e Santo Carnaval! E lutemos sempre, lutemos muito como o filme sugere na pessoa de Edmond que se mostra como ícone e corajoso discípulo de Aslan. Não meçamos esforços para viver coerentemente mesmo sendo profundamente incoerentes e tortos, e não deixemos de evangelizar abertamente - sem sermos chatos - pois o Reino de Deus está no meio de nós! É possível 'entrar em Nárnia' e conhecer concretamente, vivencialmente o amor e a pessoa de Jesus Cristo. A maioria das pessoas espera somente um convite, um gesto desinteressando de serviço, de amizade, de perdão, de firmeza de postura quando necessário, um sorriso iluminador de esperança, uma oferta de oração, um desconcertante gesto de humildade e paciência, para saberem que passageiras são as tantas nuvens densas que nos cercam e que definitiva e eterna é a presença do Senhor, 'o Sol nascente que nos veio visitar lá do alto como luz resplandecente a iluminar a quantos jazem entre as trevas e na sombra da morte estão sentados e no caminho da paz guiar nossos passos'. Aslan não lutou por eles no filme, mas estava com eles todo o tempo e os levou à vitória do amor e da liberdade contra todo o Mal que os queria destruir, tudo isso movido pelo seu Amor. 'Pelo amor do coração do nosso Deus' como dizem as Escrituras e nos ensina a vida e a fé da Igreja que canta este refrão diariamente em toda a face da terra: 'Pelo amor do coração do nosso Deus'. Somente este amor é capaz de nos salvar e nos dar as vestes brancas em lugar de escamas e de nos devolver o coração de criança. 

Shalom!


domingo, 12 de dezembro de 2010

Obra Shalom, o que é isso?

A Obra Shalom é, sem dúvida, um tema, um assunto, um jargão muito próprio da Comunidade e que permeia a vida e a realidade de quem dela faz parte de um jeito ou de outro, como consagrado, mero observador, novato, estreante ou da turma da primeira hora. A Obra Shalom, com letra maiúscula. Mas o que é isso, afinal? Por conta de ter me sido confiado um trabalho com os Estatutos da Comunidde tenho me debruçado sobre cada parágrafo o que tem me obrigado a saborear, observar e fazer descobertas ricas, como sempre acontece quando lemos um texto e buscamos as vozes, os estratos, as intenções, a beleza, o contexto escondidos para além da sucessão de palavras. Se o texto conta então, com um particular toque da graça de Deus capaz de alcançar o coração a fim de transformá-lo, mais importante ele se torna. E este é caso da Obra Shalom.

O parágrafo do preâmbulo dos Estatutos vai dizer que a 'Obra Shalom' é aquilo que Deus opera em nossas vidas e que transborda na Obra Shalom que escorre de nossos dedos em obras de toda ordem, de evangelização, arte, promoção humana, serviços missionários, uns mais evidentes e outros mais apagados ou mais discretos. O que mais me chama atenção é a prioridade que fica evidente no chamado a Ser Shalom antes do fazer. Não há uma Obra sem a outra num movimento contínuo da graça de Deus, e nem tampouco divisão, como se alguém dissesse: primeiro eu quero ser e depois eu faço! O primeiro querer é o querer do Senhor, é o seu chamado encontrando um eco de resposta de cada um daqueles que Lhe pertencem  neste caminho de santidade, chamado vocação Shalom. Por isso o caminho é tão rico e tão desafiador: este ser e fazer em cada um começando no Fundador e na Co-Fundadora e alcançando a todos, cada vez em maior número, são um entrelaçado plano do Pai que só ficará pronto na eternidade.

Fomos feitos família porque fomos chamados a Ser Obra Shalom transbordando a Obra Shalom como irmãos e irmãs, em unidade, sem deixar de entender que cada um tem um ritmo próprio e está numa fase própria segundo a obra de santificação do Espírito Santo. Daí sermos pacientes uns com os outros, daí aprendermos a contemplar a obra do Amor de Deus em si mesmo e no outro, cada outro, daí não desistirmos quanto tudo parece tão lento. Nós vemos muito mal e tendemos a ver somente a aparência e como as aparências enganam. Somente os olhos do amor iluminados pela perspectiva da fé, da vida espiritual, são capazes de esperar e confiar sabendo que Jesus, o Ressuscitado que passou pela Cruz e que dá o Seu Espírito sem medidas, de seu coração vivo, humano e divino, é fundamento da Comunidade Shalom e do Carisma Shalom!

É por Ele que vivemos, é para Ele que vivemos e nos amamos - tentamos sempre! Por causa de Jesus podemos ver que apesar de tudo e exatamente por causa de nossas fraquezas pessoais e comunitárias, o Ser Shalom está tomando forma dentro e fora todo o tempo. Parece que o inimigo e nossas próprias concupiscências nos empurram todo o tempo para o desânimo, para o querer desistir e usando uma palavra que foi muito usada durante anos, para o mitigar e empobrecer o zelo pela santidade. É por isso que ciclicamente a Igreja como Mãe oferece as graças sobrenaturais para começarmos tudo de novo pequeninos, encatados, diante do Menino Jesus para prepararmos a Sua volta, gloriosa como o Senhor do céu e da terra.

Para mim que saio de uma semana de incêndio e entro numa semana de chuva e frio intenso, 8 graus em Isifya neste domingo, de mudanças externas marcantes, fica o entendimento de que a contínua desistalação que vivo como missionária da Comunidade, faz parte da Obra Shalom em meu coração para ele ser mais livre, mais feliz, mais realizado, mais capaz de amar, estando disposto a fazer transbordar a Obra Shalom que através de mim cabe acontecer. Ser e fazer Shalom é um chamado de todos e um dom para todos. Nada de desânimo, nada de tristeza! Corramos até o Menino e depositemos nosso coração pecador, amoroso e frágil e individualmente e como célula, missão, apostolado ou grupo de oração comecemos tudo de novo.

Vem Senhor Jesus! Que bom que é domingo gaudete, o domingo da Alegria pois o Senhor vem, Ele sempre vem!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Protesto e Parabéns

Hoje é festa na Comunidade Shalom! 28 anos de vida alcançando milhares de vidas que descobrem o Amor de Deus! É um misto de gratidão, alegria e desejo de continuar e ser tudo o que Deus quer... Assim me sinto hoje e se escrevo pouco é por correria e falta de tempo. Estaremos todos juntos em Nazaré, junto da Virgem, para celebrar a Eucaristia pedindo que Ela nos ajude como filhos, como missões na Terra Santa e como Carisma a viver mais plenamente a vontade de Jesus. Tudo vem dele, tudo volta para Ele e sem Ele nada podemos fazer.

Mesmo correndo sugiro aos leitores do blog que entrem neste endereço e vejam a apelação que a empresa DuLoren fez para vender langerie. Precisamos nos manifestar nossa indignação! Eu já escrevi ontem a convite de minha amiga de SP, a Berenice, que está sempre ligada. Abaixo do link segue a resposta que ela recebeu. Eu também entrei no site da empresa ontem e protestei, dizendo entre outras coisas que pediria as mulheres minhas amigas e parentes que boicotassem a DuLoren. Estou no aguardo da resposta, depois comentarei.

A paz é dom de Deus, é fruto da Cruz do Senhor e obra do Seu Espírito! O que eu mais desejo é que minha vida ofertada possa atrair pessoas para esta experiência de conversão e de amor que é o encontro com Jesus. Agradeço e louvo o Senhor pelo SIM que o Moysés, primeiramente, e depois Maria Emmir deram e continuam dando e, a partir deles, que tantos e tantas passaram a dar para que o Reino de Deus se espalhasse e firmasse através deste sonho do Espírito Santo chamado Carisma Shalom. Ele está no meio de nós! Seu Amor é Real e Sua Misericórdia é eterna! Mesmo com todos os desafios não dá mais para voltar atrás nem viver longe desta família que também recebe hoje o meu SIM renovado e comprometido.

Parabéns! Mabruk! Congratulations! Mazal Tov! Sobre as aulas de hebraico, comentarei noutra ocasião... Adianto que estou perdidinha que dá gosto...


Cara Berenice,

A Agnelo Pacheco agradece seu contato, pois a sua opinião é de extrema importância e contribuição para nosso trabalho. Com 25 anos de mercado, a Agnelo Pacheco é uma agência que em parceria com empresas e instituições muito sérias, busca no desenvolvimento de suas campanhas, conscientizar e auxiliar a sociedade em questões pertinentes ao seu desenvolvimento e bem-estar. E ouvir o que o público tem a dizer a partir da publicação de cada campanha é essencial para que nossas mensagens sejam cada vez mais úteis e efetivas.

Aproveitamos para adiantar que tiramos a campanha do ar.
Um abraço,

Agnelo Pacheco Comunicação

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Coração Transpassado de Jesus

Eu cresci ouvindo minha mãe esclamar em situações de perigo e susto: 'Coração de Jesus!' ou então, 'Jesus, misericórdia!'. E sei que como ela, minhas tias faziam o mesmo e se algum primo ou prima eventualmente ler este texto, reconhecerá as mesmas jaculatórias saídas das bocas e dos corações de suas mães. Era a fé e a devocação ao Coração de Jesus, cuja festa se celebra amanhã, o coração misericordioso de Jesus revelado a Santa Margarida Maria no século XVII.

No século XX aparece Santa Faustina trazendo à tona, mais uma vez, o coração de Jesus transbordante de infinita e imensurável misericórdia e, pelo mundo afora, o terço da misericórdia rezado às três da tarde se popularizou. O Papa João Paulo II oficializou o Domingo da Oitava da Páscoa como o Domingo da Misericórdia.

Minha formação e educação religiosa e espiritual me faz meio alérgica à devoções, e me fez querer centrar-me e beber da fonte de toda vida viva de Deus e com Deus que é e será sempre o mistério pascal, celebrado e atualizado diariamente, por excelência nas celebrações eucarísticas. Este é o maior milagre de amor que acontece a cada dia nas igrejas do mundo e nos corações das pessoas de todas as raças e culturas, de todas as línguas e idades. E o maior presente que podemos ter: receber Jesus sacramentado como Palavra e Pão em nossas almas! E como me arrependo das vezes que tive preguiça e rebeldia de ir à missa durante a semana...

Cada um O recebe segundo a revelação e o carisma próprio de seu chamado, e são tantos os títulos e maneiras de se amar e conhecer Jesus! Para quem é Shalom, Ele é o Ressuscitado que passou pela Cruz de cujo coração transpassado jorra a plenitude da vida e da felicidade, o Shalom, que é Ele mesmo comunicado a cada um que dele se aproxima pelo dom do Espírito, ou o amor esponsal. Para quem não conhece parece complicado, um monte de palavras, mas para quem já se apaixonou, é fácil: é o encontro de dois corações que se atraem e se amam, que querem estar junto! O coração de Deus e o meu!

Louvo o Senhor pelo dom do sacerdócio no mundo no decorrer dos séculos e transcrevo abaixo as palavras carinhosas do Santo Padre Bento XVI falando da Eucaristia e dos padres na festa de Corpus Christi:

"Faço um apelo especial a vós, queridos sacerdotes, a quem Cristo
escolheu, para que junto dele possam viver a vossa vida como
sacrifício de louvor para a salvação do mundo.

Só a partir da união com Jesus pode-se ter aquela fecundidade espiritual
que é fonte de esperança em seu ministério pastoral.

Recorda São Leão Magno que 'a nossa participação no corpo e sangue de Cristo não tende a nada mais que nos transformar naquilo que recebemos' (Sermão 12, De Passione 3/7, PL 54). Se isto é verdade para cada cristão, é ainda mais para nós sacerdotes.

Ser Eucaristia! Seja este o nosso desejo e esforço constante, para
que a oferta do corpo e sangue do Senhor que fazemos sobre o
altar esteja acompanhada do sacrifício das nossas vidas.

Todos os dias, cultivemos pelo Corpo e Sangue do Senhor aquele amor livre e puro que nos faz dignos ministros de Cristo e testemunhas da sua alegria.

É aquilo que os fiéis esperam de um padre: o exemplo
de que é uma verdadeira devoção à Eucaristia;
o amor que se vê ao passar longos momentos de silêncio e de
adoração diante de Jesus, como fazia o Santo Cura d'Ars,
que será lembrado de modo especial durante o Ano Sacerdotal"