quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A Desmornência

No que consigo acompanhar pela Internet e das notícias que me chegam avulsas via amigos e família, o clima para as eleições no Brasil esquenta. Semana passada a TV Bandeirantes promoveu o debate entre os quatro candidatos à Presidência da República, e os comentários que li o consideraram murcho e sem graça, como se os candidatos estivessem estudando as táticas uns dos outros para não pisarem em terreno minado antes do tempo, perdendo poder de fogo na grande guerra que são as eleições decididas semana a semana, discurso a discurso.

Esta semana será a vez da TV Globo segundo as notícias que li pelo twitter do William Bonner... os candidatos serão entrevistados um a um e a ordem das entrevistas se deu por sorteio deixando o Serra por último. Quem fica no fim tem tempo de melhor se preparar para rebater idéias e números dos candidatos anteriores... Eu quisera acreditar no PT como acreditei um dia mas não posso mais. Não há nada que justifique ou contemporise a opção do PT pelo aborto, pela cultura da morte e da permissividade, sem contar a 'amizade' com a ideologia de esquerda que já provou ter dado tão errado na Polônia, na Hungria... As pessoas que conheço de perto que deram a vida pelo partido são idealistas e de tremenda boa vontade, mas no meu entender fizeram do PT e do Presidente Lula um ícone grande demais, quase idolátrico. Não dá para votar no PT e muito menos na Dilma. Suas credenciais à Presidência não convencem, ao contrário, assustam. Mulher por mulher que fosse a Marina, ao menos tem história, tem carreira, mas ser abalizada pelo único fato de ser indicada pelo atual Presidente é pouco demais. Eu fico pensando o que o PT teria dito quando era oposição se o PSDB indicasse um sucessor com os mesmos critérios que o PT hoje justifica a candidatura da Dilma. Estou de longe, sei muito pouco. Sei que não votaria mais no PT nem tampouco anularia meu voto. Como disse - escrevi - para um amigo um dia desses, na difícil tarefa de se votar há que se escolher candidatos e conhecê-los bem pois votamos em pessoas. E na vida dessas pessoas deve haver coerência e não deve haver escândalos. Esta semana o Evangelho mostrava Jesus, o Filho de Deus, pagando os impostos para evitar que ele e os apóstolos fossem escândalo para a sociedade. Esta é uma questão crucial. Não é caça às bruxas mas coerência de vida e pensamento com o que a Igreja Católica ensina. Mordam-se quem quiser, corroam-se de escárnio e arrogância quem pretende 'diminuir o poder da Igreja' mas o céu, a terra e todos nós passaremos mas a Igreja como Esposa do Cordeiro jamais passará pois mesmo com todos os limites humanos que tem ela é e sempre será sacramento, sinal de salvação, fonte inesgotável da Verdade de Deus para o mundo.

E a desmornência? Essa é uma palavra fantástica que faz parte do jargão interno da missão do Shalom em Haifa e que eu ainda não descobri se faz parte do dialeto cearense ou se é vocábulo usado somente na família da Yara, que a incorporou à casa. Desmornência: preguiça, cansaço, moleza, vontade de não fazer nada depois de um longo dia, vontade de desistir... Experimente dizer 'ai meu Deus que desmornência...' para ver como funciona.

O assunto política no Brasil me dá muita desmornência, confesso.

2 comentários:

Anônimo disse...

Querida Elena, boa noite!
Qdo. o assunto é elição eu também sou contaminada pela desmornência.

Beijos,

Fátima - Belém

Cícero Moraes disse...

Não tem a ver com emoções.
A desmornência é puramente fisiológica.
Termo criado e utilizado em Pernambuco.
Implica numa resfrialdade entre a pele e o osso, causada por um refastelamento das costelas.