quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Bendita Mãe de Deus!

Quando estava no Brasil eu sabia que a festa do dia de hoje falava da concepção imaculada - sem pecado original, herdado de Adão e Eva - de Nossa Senhora, a Virgem Maria, por causa dos méritos da Cruz e Ressurreição de Jesus que a fizeram criatura sem qualquer traço de pecado ou mal. Eu sabia que em Maria não há qualquer divisão interior ou sombra, que tudo nela é perfeitíssima comunhão de amor com Deus pois havia de ser assim o ventre, o corpo e a alma, que gerariam o Filho do Altíssimo, Jesus Cristo, Nosso Senhor. É tão belo crer assim, é tão rica esta fé da Igreja desde sempre, que tenho pena de quem não crê, não conhece e nem quer conhecer.

Mas foi somente aqui em Israel que fui aprender que Maria, Myriam, tem um outro título que a une ao Antigo Testamento e que a torna ainda mais especial: ela é a Arca da Nova Aliança, a Tenda do Encontro que está descrito no livro do Gênesis, o Tabernáculo perfeitíssimo onde o Senhor faz sua morada, prefigurada no livro Êxodo e levada à perfeição em Maria! Por isso é plenitude do tempos como diz S.Paulo quando o arcanjo visita a Virgem em Nazaré... Só de pensar que tudo isso aconteceu nesta terra onde vivo e que Nazaré está a menos de uma hora de onde escrevo neste momento, chega e me tocar o coração. 

Quem sabe inglês pode ler esta explicação mais em detalhes que transcrevo, tirada do site da Pastoral Hebraica, que fala desta Mulher, vestida com o Sol e que traz a própria Luz nos braços. Como não ama-la? Como não entender que quanto mais se conhece e vive uma verdadeira filiação à Virgem mais se conhece o Filho e se vive o que Ele disse? Eu também tenho muita má vontade com devocionismos marianos que não tem nada a ver com a fé da Igreja e com a Palavra de Deus, fruto tantas vezes de ignorância, porém, já me vi pensando que às vezes é melhor amar Maria Santíssima imperfeitamente que não ama-la ou rejeita-la. E ao dizer isso penso não somente nos protestantes e evangélicos 'que não sabem o que fazem', mas em quem projeta sobre a Mãe do Céu os limites de ralacionamentos que teve com a mãe da terra e não se deixa adotar pela Mãe de Jesus.

Na minha vida, confesso, há uma marca incrível de mudança desde Pentecostes de 2006 quando pela primeira vez fiz minha consagração à Maria Santíssima pelo 'método de S.Luiz Grignon de Monfort' e passei a renová-la, desde então, a cada Pentecostes. A mudança se eu pudesse descrever numa sentença, é como se eu tivesse definitivamente no trilho que me leva à 'ordem do Amor', ao Ordo Amoris, da qual fala Santo Agostinho e que passou a ser expressão tão cara e importante da Comunidade Shalom desde que Maria Emmir escreveu o 'Tecendo o Fio de Ouro'. A ordenação gerada pelo Amor fala do desejo de santidade e de liberdade em Deus, é a vontade de buscar a felicidade onde ela realmente está: na amizade com Jesus Cristo. Quanto mais me aproximo de Nossa Senhora e a amo, mais amor experimento, mais amor encontro, mais amor quero aprender a dar, mais amo Jesus, a Igreja, a Palavra, os santos, a vida enfim, tudo o que diz respeito à humanidade.

E não é que Nossa Senhora é capaz de pegar umas criaturinhas frágeis, feias e aflitas como eu (pareço o Flicts do livro do Ziraldo, que se descrevia como o frágil e feio e aflito Flicts) e tomando-as pela mão e pelo coração revelar-lhes a Beleza e o Amor?

Bendita sois ó Virgem Imaculada, Nossa Mãe e Senhora Nossa! Recebe o nosso Amor e o desejo de sermos todos de Jesus como a senhora foi. Tende compaixão daqueles que vos negam e ofendem porque não conhecem o vosso amor incansável e manso, firme e seguro como uma rocha, incansável...Amém!

Feast of the Immaculate Conception - December 8


On December 8 every year, the Catholic Church celebrates the Feast of the Immaculate Conception of Mary. This feast always falls in the period of Advent. What does it mean?

Christian tradition proposes a parallel between Mary and the Ark of the Covenant. The children of Israel received the commandments to build the Tent of Meeting and to place in its midst the Ark of the Covenant. When all had been completed by Moses and the people, it is written in the Book of Exodus: “So Moses finished the work” (40:33). The formulation here reminds us of the end of the Creation of the world in the Book of Genesis: “So God finished the work” (2:2). There is a clear parallel between the Creation as a place where God dwells with humanity and the Tent of Meeting where God dwells in the midst of his people. When all is ready, the cloud covers the Tent of Meeting and “the glory of the Lord filled the Tabernacle” (Exodus 40:34).

When God planned to send his son to us in the fullness of time, he prepared a woman from her mother’s womb in order that she might be a tabernacle for his son. The son, Jesus, was born to a mother of flesh and blood. However, according to Christian tradition, Mary, the mother, was different from the rest of humanity because when her mother, Saint Anne, conceived her, God cleansed the seed in her womb so that the girl that was born was pure from the moment of her creation. This feast takes place nine months before Mary’s birthday, on September 8.


Happy feast!

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