quinta-feira, 17 de junho de 2010

Copa e Guerra

O jogo poderia ter sido melhor mas ao menos os 3 pontos o Brasil ganhou e os gols foram bem bonitos. O comentário mais forte entre nós foi o espírito de equipe entre os jogadores e pouco estrelismo. Agora é esperar domingo. Enquanto isso, de férias, vamos acompanhando os jogos de cada dia, principalmente os da noite, das 21:30h. É estranho não ver nada nem ninguém falando de futebol mas minha camiseta do Brasil fez sucesso. Na terça-feira vindo para a Cúria quando entrei no ônibus com a camiseta o motorista puxou a maior conversa e fez questão de me provar que torcia para o Brasil, mostrando a filhinha na foto do celular com o uniforme da seleção.

Os dias têm sido de verão e os que estão integralmente de férias têm aproveitado bem, mas eu não reclamo. O fato de estar em Haifa e de rapidamente chegar em casa, às 4 da tarde, tendo tempo de andar na praia se quiser, estar com os irmãos numa refeição e, participar da koinonia ou atividade comum da noite, sem contar a pipoca que acompanha o jogo da noite, já é ótimo. A rotina quebrada tendo o quadro vivo do Mediterrâneo do nascer ao entardecer diante dos olhos, já dá o descanso necessário. Tenho tentado relaxar e usufruir de tudo e de todos, sem deixar que os pequenos desafios e desconfortos tomem maior peso que o necessário.

Já me perguntaram por email sobre uma iminente guerra depois do ataque aos barcos turcos que levavam ajuda humanitária à Gaza. Há rumores sim de guerra e dizem que em breve, em agosto ou novembro, mas é boato. Repito: boato. Ano passado foi assim e não teve nada. Internamente houve opiniões divergentes sobre os fatos do ataque aos barcos. Há os que têm convicção de que terroristas se escondiam nos barcos. Há os que defendem Israel 100%. Outros acham que Israel exagerou.

Sinceramente acredito que alguma ação internacional precisa ser tomada para que o ajuda humanitária mais efetiva chegue à população de Gaza e o embargo que eles sofrem seja quebrado. Mesmo os palestinos sendo instrumentalizados pelos terroristas do Hamás, sabe-se que eles são pessoas, milhares e milhares de inocentes, famílias e crianças. É como achar que toda a população das favelas é traficante e marginal e não necessita de apoio, ajuda, emprego, sanemento, escola, água e comida, investimento, evangelização, amor de Deus e das pessoas.

As notícias e imagens transmitidas pela TV são sempre alvo de interpretações dúbias. Israel exagerou na força, como sempre, é o que os mais sensatos concordam, e poderia ter usado de mais diplomacia no confronto com os barcos turcos. E nisso eu também corcordo.

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